Pequenas e médias empresas em risco de falência…
Os produtores estão entre a espada e a parede: Ou tratam a madeira, que implica a compra de equipamentos muito caros, ou não a vendem…
Uma das medidas obrigatórias proposta no Programa de Acção Nacional de Luta Contra o Nemátodo da Madeira e do Pinheiro (Prolunp) é o tratamento da madeira, porque sem ele “nem os clientes a querem comprar”, conta ao Diário XXI Hugo Jóia, presidente da Comissão Florestal do NERGA, da Guarda. Segundo este responsável, é obrigatório a instalação de estufas para o tratamento térmico, uma vez que a madeira tem de se manter a uma temperatura controlada.
Esta estrutura custa aproximadamente 250 mil euros. “As pequenas e médias explorações vão ter sérias dificuldades” para cumprir estes requisitos, lamenta, referindo que “algumas poderão mesmo falir”. Mas se não cumprir estes critérios, não há escoamento do produto e, consequentemente, não há lucro. “O tratamento tem de ser feito na origem, não há cliente que não o queira”, uma situação que está já a criar constrangimentos a algumas pequenas explorações, conta o responsável da Comissão Florestal. “Sei de um caso na região que perdeu o seu mercado em Espanha por não fazer o tratamento. Está a ser muito complicado sobreviver”, adianta.
Para além das estufas, é também necessário “que toda a fileira da madeira se adapte a esta nova estrutura”. “O transporte tem de ser mais seguro e tem de haver uma maior esforço das autoridades na fi scalização”…
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