Segundo o BE, o Hospital Sousa Martins, que integra a Unidade Local de Saúde da Guarda, “tem apenas quatro ortopedistas no seu quadro, ao qual acresce um outro que presta vinte horas de serviço, uma vez que se encontra aposentado”.
Para o partido, “este número de profissionais é manifestamente insuficiente para assegurar as necessidades de uma unidade hospitalar com urgência geral de nível médico-cirúrgico”.
O BE revela que, devido a este cenário, esta semana verificou-se uma “rutura na assistência” hospitalar na Guarda “tendo sido necessário encaminhar os utentes para o hospital de São Teotónio, em Viseu, a mais de setenta quilómetros de distância”.
Os deputados João Semedo e Helena Pinto, que questionaram o Governo, através da Assembleia da República, consideram que “esta é uma situação que carece de intervenção urgente”.
Na opinião dos deputados do BE, “é necessário contratar os profissionais em falta para o hospital da Guarda, não só em ortopedia mas também noutras áreas onde a carência é manifesta, como seja cardiologia, radiologia, anestesia ou cirurgia”.
“O Governo tem conhecimento da situação exposta? Tendo em conta a população servida pelo hospital da Guarda, bem como o tipo e o nível de urgências que detém, qual deveria ser o quadro de ortopedistas deste hospital?”, questionam João Semedo e Helena Pinto, numa pergunta dirigida ao Ministério da Saúde através da Assembleia da República.
Os deputados perguntam ainda: “Tendo em conta a população servida pelo hospital da Guarda, bem como o tipo e o nível de urgências que detém, qual deveria ser o quadro de médicos cardiologistas, radiologistas, anestesistas e cirurgiões desta unidade hospitalar? Qual é atualmente o quadro de médicos para cada uma destas especialidades?”.
No mesmo requerimento, também querem saber quantos médicos estão em falta em cada uma especialidades e que medidas estão a ser implementadas para permitir a contratação dos médicos necessários ao normal funcionamento daquele hospital.