No próximo sábado, dia 13 de Janeiro, pelas 21 horas, a Câmara Municipal da Covilhã leva a efeito a representação de um Auto de Reis, na Igreja de Nossa Senhora da Conceição, com a participação das Adufeiras da Casa do Povo do Paul, Associação Grande Roda do Teixoso, Associação Rancho Folclórico e Etnográfico do Refúgio, ASTA – Teatro e outras Artes, Rancho Folclórico da Boidobra, Paulo Runa, Glória Olivares e Roberto Villa Lobos.
O Auto dos Reis marca o final do “Natal com Arte”, a programação natalícia da autarquia que animou a Covilhã de 1 de dezembro a 13 de janeiro.
O Município recria uma tradição secular, interrompida durante o período da Primeira República, que constituiu um dos maiores símbolos natalícios. Trata-se de um espectáculo dramático e musical onde abundam as mais belas quadras natalícias do Cancioneiro Geral.
Desde a idade média que se representam Autos do Natal e de Reis, na Europa. Em 1223, S. Francisco de Assis celebrou um acordo com um fidalgo Italiano para a representação de um Auto de Natal.
Três séculos depois, o arcebispo de Braga, D. Luís Pires, proibiu o cântico de chanchiletas e os jogos do coro, na noite de Natal, mas incentivou a realização de Autos, que ganharam especial fulgor com Gil Vicente. Nos anos 30 do século passado foram vários os etnógrafos que recolheram e transcreveram os textos dos Autos que se realizavam no Portugal mais profundo.