Segundo o candidato, por parte da Câmara Municipal da cidade mais alta do país (presidida desde 2019 pelo social-democrata Carlos Chaves Monteiro, que também é candidato à liderança), “há um desligar” das obrigações para com as entidades sociais.
“Nós [CDS-PP] acreditamos que as entidades que estão no terreno, do âmbito social, merecem mais respeito, merecem mais apoio, porque são elas que estão, de facto, a solucionar problemas do âmbito social dentro do espaço do nosso concelho e, muitas vezes, só já são chamadas para situações no âmbito de emergências”, afirmou Pedro Narciso à agência Lusa no final de uma reunião com a direção da Cáritas Diocesana.
Na opinião do cabeça-de-lista do CDS-PP, as instituições sociais são o “bombeiro voluntário social”, por isso, considera que “devem estar na linha da frente e a Câmara tem de as acarinhar, apoiar e chamá-las, também, para construir esse concelho mais inclusivo” que a candidatura defende.
Se for eleito presidente da autarquia, Pedro Narciso diz que haverá uma atenção maior para as instituições sociais e para as pessoas mais necessitadas.
Lembrou que no seu programa eleitoral também consta a intenção de resolver o problema da reabilitação do Bairro da Fraternidade, em colaboração com o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), para “dar dignidade às pessoas” e ao espaço que ocupam.
Em relação à Cáritas Diocesana da Guarda, referiu que o cenário traçado pela direção é “o esperado”, mas mostrou-se preocupado com o apoio aos estudantes dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) que estudam no Instituto Politécnico.
Os estudantes chegam, “muitas vezes, sem qualquer suporte, sem dinheiro” e a Cáritas Diocesana “acaba por ser a primeira instituição da dar-lhes o básico”, ou seja, comida, cobertores e roupa, apontou.
A autarquia da Guarda é presidida pelo PSD desde 2013, quando o partido ganhou as eleições com o candidato Álvaro Amaro, que repetiu a vitória em 2017.
Nas eleições autárquicas de 2017 o PSD obteve 61,20% dos votos e cinco mandatos autárquicos, e o PS obteve 23,35% e elegeu dois vereadores.
O município é presidido, desde abril de 2019, por Carlos Chaves Monteiro, que substituiu Álvaro Amaro quando este foi para o Parlamento Europeu.
Na Guarda, além de Pedro Narciso, são candidatos à liderança do município Sérgio Costa (independente), Carlos Chaves Monteiro (PSD), Luís Couto (PS), Honorato Robalo (CDU), Francisco Dias (Chega) e Jorge Mendes (BE).
