“Sempre fomos contrários à expansão de forma não planeada dos espaços de venda, em termos das grandes superfícies, porque nós entendemos que o primado do chamado comércio tradicional de proximidade carece de uma política em termos fiscal do poder central”, disse esta terça-feira o candidato à agência Lusa.
“O comércio tradicional preocupa-se em assimilar produtos que são produzidos no nosso concelho e, por isso, nós valorizamos muito, no que concerne ao comércio de proximidade”, sublinhou.
Honorato Robalo, caso seja eleito pretende ajudar os produtores locais, no que respeita à requalificação do mercado municipal em São Miguel da Guarda.
Está ainda previsto no âmbito da produção da economia local, criar “espaços de venda livre, interligando com a política municipal, com responsabilidade das juntas de freguesia”, explica o candidato da Coligação Democrática Unitária (CDU).
Relativamente à implementação da venda ambulante nas aldeias “é preciso acabar com os entraves administrativos e licenças”, sublinhou.
O cabeça de lista da CDU apontou para os “pomares que estão ao abandono, porque efetivamente as grandes superfícies, ou seja, o sistema capitalista condicionou a distribuição nesses espaços dos produtos aí produzidos, que podia ser uma identidade singular, como acontece, com a pera rocha de Alcobaça e que nós teríamos condições até climatéricas de ter”.
No que respeita às grandes superfícies, Honorato Robalo defende que estas tenham uma “responsabilidade social de contribuir para a economia local, que é absorver a produção em excesso dos produtores locais”, ao invés de importarem produtos de outros países.
O candidato da CDU à liderança do município da Guarda pretende primeiro “potenciar a continuidade da singularidade do setor primário da agricultura”, “fixar pessoas no mundo rural”, e ainda “interligar os produtos endógenos com harmonia em termos de desenvolvimento de políticas, no que concerne ao turismo diferenciador”.
Nas eleições marcadas para dia 26 de setembro concorrem à Câmara Municipal da Guarda, Sérgio Costa (independente), Chaves Monteiro (PSD), Luís Couto (PS), Pedro Narciso (CDS-PP), Honorato Robalo (CDU), Jorge Mendes (BE) e Francisco Dias (Chega).