Em declarações à Rádio Cova da Beira, José Manuel Biscaia refere que mesmo entre as autarquias que não fazem parte do sistema, algumas podem ter de recorrer a este mecanismo para debelar parte da dívida “aquilo que sei é que há municípios que estão em dificuldades financeiras, como são os casos da Guarda, da Covilhã ou do Fundão e se considerar eu próprio e todas as autarquias que integram as «águas do Zêzere e Côa” se transformarmos em passivo exigível imediato todas as dívidas das câmaras à empresa acredito que a maior parte das autarquias que integram a associação de municípios da Cova da Beira vão ter necessidade de recorrer a este fundo”. O também presidente da câmara de Manteigas refere que a criação desse fundo, que tem uma dotação global de 650 milhões de euros, e que vai ser suportado em partes iguais pelo governo e pelas autarquias, pode ser um instrumento muito importante para que muitos municípios deixem de estar em situação de asfixia financeira “há autarquias que já estão em fase de incumprimento absoluto e muitas estão já a ter grandes dificuldades em conseguir, por exemplo, pagar salários; houve autarquias que se endividaram além daquilo que seria razoável e hoje em dia as condições que nos propõem em termos de financiamento são muito difíceis porque, com a lei dos compromissos e com os acordos diferidos de pagamento junto dos credores, havia aqui uma cadeia de incumprimentos que fazia com que a economia local e regional estivesse a ser prejudicada; espero que o fundo avance o mais rapidamente possível para que aqueles que estão com problemas mais urgentes os possam resolver”.
Autarquias da região podem ter de recorrer ao novo fundo de apoio municipal
O presidente da Associação de Municípios da Cova da Beira admite que quase todas as autarquias da região que integram o sistema multimunicipal das “Águas do Zêzere e Côa” podem ter de recorrer ao novo fundo de apoio municipal, criado pelo governo e pelas autarquias, caso o valor da dívida à empresa seja transferido para passivo elegível.
