“A esperança que o país começa a sentir, logo que tudo esteja confirmado, de que há uma realidade nova, de que os dados que nós temos na projeção até 2019 se confirmarem, significa que (…) deve voltar à agenda política a questão da regionalização”, afirmou Álvaro Amaro.
O presidente dos ASD e da Câmara Municipal da Guarda falava à agência Lusa naquela cidade, no final da convenção distrital autárquica promovida pela Comissão Política Distrital do PSD.
“Eu espero que nos próximos quatro anos, com as finanças arrumadas, com o país financeiramente estabilizado, possamos tranquilamente encetar uma discussão séria sobre a criação das cinco regiões: Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve”, acrescentou Álvaro Amaro.
O responsável referiu ainda que nos últimos quatro anos, devido à situação económica do país, “um defensor da regionalização tinha que se calar” sobre o assunto, “porque o Governo tinha que estar focado” em “salvar” o país.
No discurso de encerramento dos trabalhos, Álvaro Amaro, deixou claro que deseja que, passada a crise, “a regionalização volte à mesa” da agenda política nacional.
O presidente dos ASD defendeu ainda que as cinco regiões administrativas “são fundamentais” porque tem havido “instrumentos financeiros brutais para o desenvolvimento regional, mas não tem havido política regional”.
O líder dos ASD fez também um apelo à mobilização de todos os autarcas do seu partido para as eleições legislativas.
“Temos que dar o litro, porque nós devemos ganhar as eleições”, disse, referindo que a coligação PSD/CDS-PP deve governar “o país sem crise”, lembrando que o Governo liderado por Pedro Passos Coelho retirou o país “do afundanço”, em menos de três anos.
Referiu que “foi muito duro”, mas “é ou não verdade que o país respira hoje esperança”, questionou o presidente dos ASD.
Na sessão de encerramento da convenção distrital autárquica da Guarda, realizada em uma unidade hoteleira da cidade, esteve Castro Almeida, secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, que falou dos fundos do Portugal 2020.
O governante disse que o programa de apoios comunitários contempla “estratégias para territórios de baixa densidade”, para o empreendedorismo e valorização do emprego, para criação de novas empresas e para apoiar aquelas que queiram tornar-se mais competitivas.
