Está a decorrer em Portugal o julgamento de uma mulher de nacionalidade escocesa, que se encontra a aguardar nova ida a tribunal em liberdade depois de ter sido detida pela Polícia Judiciária da Guarda.
Louise Khan, de 46 anos, é acusada de profanação de cadáver por ter enterrado o corpo do marido, de 59 anos e também de nacionalidade escocesa, no terreno da propriedade onde ambos viviam, alegadamente cumprindo um desejo do mesmo.
O jornal escocês Daily Record falou com os filhos do escocês e estes admitem que o que a mulher diz em tribunal pode ser verdade.
“O pai era esse tipo de pessoa. Ele pode ter olhado para os custos do funeral e disse: ‘Sabes que mais, cava um grande buraco no jardim e enterra-me lá’. Eles não tinham muito dinheiro”, disse o filho de Alyn Pennycook.
O casal moraria num terreno remoto em Linhares da Beira há cerca de três anos, vivendo da criação de animais e agricultura de subsistência. Dizem os filhos que a casa de pedra não tinha eletricidade nem casa de banho.
Segundo a TVI24, a autópsia indica que o corpo não apresenta sinais de trauma. O homem terá morrido de morte natural na sequência de doença prolongada, segundo os filhos, um tumor cerebral.
Já sobre a madrasta, Louise Khan, os filhos de Alyn, que não divulgaram o seu nome, não têm nada de bom a apontar. Ela era “completamente louca”, diz a filha.
Louise Khan terá avisado os dois jovens de que o seu pai morrera através de “uma mensagem rápida” no Facebook e quando estes lhe perguntaram quando era o funeral ela disse apenas que já estava “tudo tratado, tudo feito”.
“No início pensei que era uma piada […] Ela é uma pessoa horrível, horrível”, disse a filha do escocês. “Sempre foi muito estranha e ficou mais estranha com o passar dos anos”.
“Vou odiar a Louise para sempre. Ela negou-nos a oportunidade de dizer adeus ao nosso pai”, lamentou o filho.
A filha de Alyn gostava que os restos mortais do pai voltassem para casa e “adoraria” ver a madrasta presa.
O julgamento em processo sumário está agendado para dia 27 de fevereiro.