A moção foi apresentada pela deputada Cláudia Guedes (CDS-PP), por verificar que a região da Guarda “é muito afetada pela seca que assola o país” e por considerar “urgente um plano de armazenamento de água que permita, em todo o território, a sua reserva e armazenamento”.
Segundo o texto da moção, “existe um estudo que prevê a construção de reservatórios de água para a região, através da construção da barragem do Luzelo, na zona do Adão, cujo projeto, quanto se pode constatar, se encontra parado”.
Cláudia Guedes referiu que a barragem “enquadra-se no programa de novos regadios coletivos” e tem como objetivo “o incremento local das atividades agrícolas (…) por forma a dar resposta às carências e dificuldades verificadas na região, que necessita, inevitavelmente, de investimentos que potenciem o seu desenvolvimento”.
A barragem está projetada para o ribeiro do Luzelo, na área das freguesias de Vila Fernando e Adão, e “tem como principal objetivo assegurar o regadio numa área imediatamente a jusante, já localizada quase exclusivamente na freguesia do Marmeleiro”, estimando-se que servisse um perímetro agrícola de 140 hectares.
A moção também propôs que “sejam construídos pequenos açudes nos cursos de água do concelho, consoante os contributos que o município deu na consulta pública do programa nacional de regadios”.
O presidente da Assembleia Municipal da Guarda, José Relva (Movimento Pela Guarda), colocou os dois pontos da moção a votação separada.
O primeiro ponto (para que “seja retomada de imediato e com caráter prioritário a construção da barragem do Luzelo”) foi aprovado por maioria, com 65 votos a favor e 13 abstenções, e o segundo (relacionado com a construção de açudes no concelho), por unanimidade.
Sobre este assunto, o presidente da Câmara Municipal da Guarda, Sérgio Costa (Movimento Pela Guarda), referiu que, no âmbito do plano de regadios 2030, a autarquia defendeu a construção da barragem do Luzelo e que se iniciem os estudos para regadios no Vale do Mondego e na zona sul do concelho (Valhelhas, Gonçalo, Vela e Vale da Teixeira).
No período de antes da ordem do dia da Assembleia Municipal da Guarda, também foram aprovadas duas moções, entre outras, apresentadas por Bárbara Xavier (BE), sobre a necessidade de a autarquia recuperar os parques infantis e a sua adaptação para utilização por crianças com deficiências e o Dia Internacional da Mulher.
O deputado Pedro Pinto (PS) propôs a aplicação de um plano “Guarda 5.0”, com o envolvimento do município, do Instituto Politécnico local e da Associação Empresarial NERGA, para a aplicação de várias medidas, incluindo a criação de uma incubadora de empresas, um programa de atração de empresas tecnológicas e a realização, na Guarda, do I Encontro dos Jovens Nómadas Digitais de Portugal.
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