Apiguarda vende mel para França, Suíça e Espanha

Empresa de Vila Garcia quer alargar negócio à Inglaterra. António Patrício, 52 anos, guarda-prisional, é apicultor nos tempos livres e nas férias. É o proprietário da empresa Apiguarda, situada em Vila Garcia, no concelho da Guarda, que possui actualmente cerca de 350 colmeias. A empresa dedica-se à exploração de mel, abelhas, cera, rainhas, geleia real, […]

Empresa de Vila Garcia quer alargar negócio à Inglaterra.
António Patrício, 52 anos, guarda-prisional, é apicultor nos tempos livres e nas férias. É o proprietário da empresa Apiguarda, situada em Vila Garcia, no concelho da Guarda, que possui actualmente cerca de 350 colmeias. A empresa dedica-se à exploração de mel, abelhas, cera, rainhas, geleia real, núcleos e colmeias povoadas. O mel que o apicultor extrai anualmente vai para o mercado nacional e internacional. O apicultor contou ao Jornal A Guarda que iniciou a actividade em Pousade, em 1986, quando um amigo lhe ofereceu três colónias de abelhas. Por falta de experiência deixou-as morrer à fome ao deslocá-las da origem para um local muito mais frio e onde a floração se encontrava bastante atrasada, mas não desistiu. No mesmo ano, o mesmo amigo, prendou-o com mais duas colónias. Foi assim que António Patrício deu início ao projecto que hoje está afirmado e é uma referência no país e no estrangeiro. O apicultor tem actualmente cerca de 350 colmeias repartidas pelos concelhos de Guarda, Pinhel, Belmonte, Celorico da Beira e Almeida. Também faz a transumância das colmeias destes concelhos para a zona do Litoral. “A transumância para o Litoral é feita a partir de fins de Agosto até à primeira quinzena de Setembro. Regressam à proveniência finda a floração do eucalipto”, contou o empresário. A extracção do mel dos favos é feita a partir do São João, na unidade de extracção de Vila Garcia. “Não leva aquecimento nenhum, a não ser no processo de desoperculação (processo de retirar a película que cobre o mel no favo). Os favos vão depois para as centrifugadoras (uma radial e outra tangencial) e o mel é recepcionado num recipiente e cai para o piso inferior onde é recebido em bidons de 300 kg”, contou. O mel, após um curto período de repouso, é depois embalado ou segue a granel, em bidons, para os clientes nacionais e estrangeiros. A Apiguarda exporta mel para França, Suíça e Espanha e tem neste momento uma proposta para exportar para Inglaterra. “A nível nacional, fornecemos a «Roots and Level» que é uma empresa que embala mel em manga plástica alimentar e fornecemos o mercado na região, com embalagens de quilo e de meio quilo”, adiantou. A empresa está bem posicionada no mercado, tendo produzido um máximo anual de 11 toneladas de mel, há cerca de 7 anos. “Este ano fica muito aquém, podendo ficar pelas 4 toneladas de produção de mel”, adiantou. O apicultor passa todo o seu tempo livre a cuidar das abelhas e nas épocas de maior trabalho conta com a ajuda da família. Diz que a produção de mel “dá muito trabalho, mas compensa e é uma actividade viciante”. A Apiguarda também se dedica à produção de “material vivo”, como sejam núcleos e colmeias povoadas, produção de alvéolos reais e rainhas. Tem a funcionar, há cera de dois anos, uma página de vendas online pela Internet, que tem tido muita procura a nível nacional. “As pessoas fazem a encomenda e após receber o comprovativo do pagamento envio o produto por correio. As pessoas compram essencialmente geleia real, pólen, própolis e rainhas (abelhas vivas)”, contou. Quanto a projectos futuros, o empresário que já tem a funcionar a unidade de produção primária, tenciona criar um sector de embalamento com maior capacidade.

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