Americanos já não querem outro destino

Os barcos-hotéis de Mário Ferreira vão passar o verão a passear americanos Douro acima Douro abaixo. E também por lá andam alemães, ingleses, suíços, escandinavos e até um ou outro australiano.

A frota da Douro Azul – dez barcos – tem lotação esgotada todo o ano. E Mário Ferreira prevê fazer mais 10 milhões de euros do que em 2013 – o seu melhor ano de sempre.

“Temos mais oferta e está tudo cheio, por isso vai ser um ano excelente. Vamos faturar 34 milhões”, diz ao Dinheiro Vivo o presidente da empresa. “E já vamos buscar metade dos clientes aos Estados Unidos.”

A TAP confirma: entre os estrangeiros que mais voam para Portugal, os EUA cresceram 22% no último ano, o que “revela um interesse cada vez maior”, diz ao Dinheiro Vivo o vice-presidente da TAP. “Há crescimento notório em mercados como Alemanha, Holanda, Áustria e Luxemburgo mas também Itália, que nos últimos anos estagnou mas no primeiro trimestre já cresceu 8%”, diz Luiz Mór, destacando ainda “uma animação especial do mercado africano, com destaque para Angola (+13%)”. Também a companhia aérea alemã Lufthansa conseguiu captar mais clientes. “As reservas e o número de passageiros para Portugal bateram recordes no verão de 2013 e continuam a crescer neste primeiro trimestre”, disse fonte da companhia ao Dinheiro Vivo.

Mas também os portugueses estão a viajar mais – “para destinos mais próximos, na Europa e Norte de África, mas também para a Madeira, em clara retoma, com um aumento de 11% até março”, diz Mór.

Nos hotéis do grupo Amorim também há portugueses, claro, “sobretudo em Troia e no Algarve – mas esses já são clientes mais ou menos habituais”, diz Jorge Armindo. É nos estrangeiros que o grupo está a apostar para ter um ano pelo menos tão bom como o último (40 milhões em vendas globais) e recuperar algum tempo perdido. “Temos boas perspetivas de crescimento e também de conseguir subir preços”, diz o presidente da Amorim Turismo, que prevê melhorias no sector. “Temos hotéis muito bem classificados e isso permite-nos ter uma política mais exigente.” E também têm muitos clientes estrangeiros – “vêm do Reino Unido; também da Alemanha e alguma coisa de Espanha”.


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