Álvaro Amaro quer Guarda como “grande plataforma” ferroviária

O presidente da Câmara da Guarda considerou hoje que a cidade tem condições para ser a “grande plataforma ferroviária de transporte de mercadorias”, tendo em conta o cruzamento do corredor norte e da linha da Beira Baixa.

“Estamos num momento histórico para o desenvolvimento da Guarda no que à ferrovia diz respeito. A Guarda tem que ser a grande plataforma ferroviária de transporte de mercadorias, naturalmente pois também de pessoas, mas agora do que estamos a falar é da economia”, disse hoje à agência Lusa o autarca Álvaro Amaro (PSD/CDS-PP).

O presidente da autarquia da Guarda esteve no dia 15 na reunião do Conselho Regional do Centro, em Castelo Branco, onde o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, anunciou a requalificação da linha da Beira Alta e a eletrificação da linha da Beira Baixa, entre Covilhã e Guarda.

O governante adiantou que o investimento global para as ferrovias está desenhado para os próximos cinco a seis anos, num investimento que terá apoio comunitário superior a mil milhões de euros, cujo investimento global anual será na ordem dos 460 milhões de euros e irá criar ao longo destes anos 6.500 postos de trabalho.

Para o presidente da Câmara da Guarda, a cidade “tem que ser a grande plataforma entre os cruzamentos da linha da Beira Alta, ou melhor, o chamado eixo [corredor] norte da ferrovia portuguesa, que concorre em termos económicos com o chamado eixo sul”, Sines/Caia.

“Este é um eixo importante, mas nós, na Guarda, temos que ser a grande plataforma daquilo que é o eixo norte mais a linha da Beira Baixa. É aqui que se encontra. Mas tem que ser aqui na Guarda”, defende.

Álvaro Amaro explicou que o corredor norte será, de acordo com o Governo, constituído por duas componentes importantes: o corredor Aveiro/Mangualde (seguindo por Fornos de Algodres, Celorico da Beira, Guarda e Vilar Formoso) e a modernização da linha da Beira Alta entre Pampilhosa/Mangualde (até Vilar Formoso).

“Para uma região Centro forte, como eu tive oportunidade de dizer nesse Conselho da Região, nós não podemos andar a disputar qual destes dois troços é o mais importante. São os dois. O Governo assumiu que iria propor o financiamento para os dois”, observou.

Em sua opinião, “para uma região Centro mais competitiva, é importante a linha da Beira Alta, mas é igualmente importante não desperdiçar o eixo Aveiro/Mangualde”.

O autarca referiu que defenderá “a compatibilização tecnicamente possível das duas componentes do chamado eixo norte, ou seja do [corredor] Aveiro/Mangualde e do [corredor] Pampilhosa/Mangualde, entenda-se a requalificação da linha da Beira Alta”.

“Ou seja, nós não podemos perder, em termos de coesão do território, a importância da linha da Beira Alta, mas também não podemos perder, em termos da competitividade da economia, aquilo que vem da economia de Aveiro e do porto de Aveiro”, concluiu.


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