Alunos da Universidade da Beira Interior resgatam histórias de operárias dos lanifícios

Alunos da Universidade da Beira Interior (UBI), na Covilhã, distrito de Castelo Branco, estão a desenvolver um projeto que visa resgatar histórias das mulheres operárias da indústria dos lanifícios, cujo resultado será apresentado em formato digital face à covid-19.

Dinamizado pela turma finalista do curso de Ciências da Cultura da UBI, o projeto tem a denominação “#ElasAoSomDaFábrica” e “pretende resgatar memórias materiais e imateriais das mulheres operárias fabris na indústria de lanifícios da Covilhã e região que circunda a Serra da Estrela”, explicam os dinamizadores em comunicado enviado à agência Lusa.

“O ‘Elas ao Som da Fábrica’ foi, inicialmente, pensado em formato presencial. Agora, adaptado para o digital, mantém a essência do formato original: dar ênfase ao papel desempenhado pela mulher operária, na indústria de lanifícios, essencialmente, no período da diáspora”.

Segundo a informação, o trabalho também tem uma componente via rádio e o principal foco é o de “não deixar cair em esquecimento as histórias de vida que são comuns a toda uma geração de mulheres”.

Apresentado nos dias 05, 06 e 07 de junho, o “#ElasAoSomDaFábrica” integra atividades digitais que permitirão ao espetador ter a oportunidade de se envolver em vários momentos culturais que comportam música, pintura, dança e cinema.

“Além de testemunhos reais das protagonistas, haverá um espaço para que o público possa dar o seu contributo artístico através do concurso ‘A mulher e a fábrica’, a lançar em breve, terminando com uma performance musical”, acrescentam os alunos da UBI.

Este projeto é desenvolvido em articulação com a candidatura da Guarda a Capital Europeia da Cultura 2027, em parceria com o Museu dos Lanifícios e a CooLabora.

O início das atividades está marcado para as 18:00 de dia 05 de junho com a apresentação do ‘teaser’ do projeto, seguido de um áudio de operárias, de um momento performativo, de um momento de dança e do visionamento de curtas-metragens relacionadas com o tema, bem como dos trabalhos da realizadora Vanessa Duarte (Da meia-noite para o dia) e da realizadora Luísa Soares (Trama).

No dia 06 de junho, também a partir das 18:00, as atividades integram um áudio de operárias, o visionamento de um ‘making-of’ dos artistas e a apresentação de um momento musical com as Cantadeiras da Casa do Povo do Paul.

No dia 07 de junho, além de um áudio com as operárias, será apresentado um momento musical com um artista.


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