O estudo, no qual participou o Instituto Internacional de Análise de Sistemas Aplicados (Iiasa) de Viena, pede “maiores esforços de adaptação para manter a segurança energética futura”, de acordo com a revista brasileira Exame.
“As alterações climáticas estão a afetar os recursos hídricos, já que estão a mudar as precipitações e afetar as temperaturas da água”, explicou Keywan Riahi, coautor da pesquisa e diretor do programa de energia do Iiasa.
Por outro lado, também as centrais nucleares e as termoelétricas precisam de água como refrigerador, por isso a sua escassez ou seu aquecimento representa uma “importante restrição” para seu funcionamento, indicou o cientista.
Em conjunto, as centrais hidrelétricas e termoelétricas (onde se incluem as alimentadas por combustíveis fósseis, biomassa e as nucleares) fornecem 98% da produção elétrica mundial, segundo o Iiasa.
As centrais termoelétricas recebem água diretamente dos rios, lagos ou do mar para resfriar os condensadores da turbina, antes de devolver a água ao seu ponto de origem e provocando assim um efeito de “poluição térmica”.
“As centrais de energia não só estão a causar as alterações climáticas como podem ser afectadas pelo seu impacto”, concluiu Riahi.