As palavras “Ensino Superior” assustam alunos. Dizem ser decisivo e importante, mas não as conseguem desmistificar ao ponto de se sentirem totalmente seguros nas suas decisões.


O que acontece com milhares de alunos é que, na hora de tomar decisões acerca do seu futuro no Ensino Superior, que os levará, mais tarde, ao mercado de trabalho, a falta de informação é-lhes prejudicial.

A verdade é que este tipo de ensino causa ansiedade e inquietação aos milhares de alunos que se candidatam, todos os anos, pela falta de clareza e informação quer ao nível dos cursos existentes, quer ao nível das instituições, levando-os, por vezes, a escolher os cursos mais populares, ou as cidades para onde vai mais gente.

Um inquérito realizado pela EASIER, iniciativa constituída por jovens da Guarda que frequentam, ou já frequentaram o Ensino Superior e que pretende apoiar os jovens na entrada para a Universidade, a alunos da cidade da Guarda, confirmou que, de facto, há barreiras que ainda não foram quebradas, no que concerne à informação sobre este tipo de Ensino.

O relatório do inquérito refere que, as maiores dificuldades encontradas são, a “falta de informação sobre cursos, cadeiras, comparação de planos curriculares”, “falta de um sítio concreto e único onde a informação estivesse concentrada”, “dificuldade em encontrar testemunhos claros de estudantes dessas instituições”, e ainda, “dificuldade em perceber a posição daquele curso no mercado de trabalho”.

Neste ano tão atípico, entraram para o Ensino Superior português cerca de 50 mil novos alunos, que devem ter tido as mesmas dificuldades que os estudantes da cidade da Guarda demonstram.

Percebemos, por isso, que há uma parte significativa de jovens que se sentem inseguros, mas principalmente desinformados em relação a este passo, que é um dos mais importantes para o futuro de cada um deles.

A falta de informação não se faz apenas sentir nos jovens da cidade, como também um pouco por todo o país, no entanto, os pais, docentes e amigos fazem também parte deste problema porque talvez também não se informem o suficiente para poder dar a ajuda necessária aos estudantes.

Por todas estas entraves, acreditamos ser essencial combater a desinformação sentida pelos nossos jovens, que serão, mais tarde, o nosso futuro e o futuro do nosso país.

Inês Ferreira, Easier