Distrito concorre às “7 Maravilhas Naturais de Portugal”

Próxima fase é chegar aos 77 locais pré-finalistas O distrito da Guarda está bem representado na lista de candidatos a “7 Maravilhas Naturais de Portugal”. A nível nacional, foram validadas 323 candidaturas, sendo que alguns locais concorrem em mais que uma categoria. As sete maravilhas serão, assim, escolhidas de um total de 270 lugares em […]

Próxima fase é chegar aos 77 locais pré-finalistas

O distrito da Guarda está bem representado na lista de candidatos a “7 Maravilhas Naturais de Portugal”. A nível nacional, foram validadas 323 candidaturas, sendo que alguns locais concorrem em mais que uma categoria. As sete maravilhas serão, assim, escolhidas de um total de 270 lugares em avaliação.

A Reserva Natural da Serra da Malcata, a Nascente do Mondego-Vale do Rossim, os Casais de Folgosinho, o Vale Glaciar do Zêzere, o Parque Natural da Serra da Estrela, o Vale do Côa, o Planalto Superior da Serra da Estrela e o Douro Internacional estão entre os locais que poderão vir a ser considerados “Maravilhas Naturais de Portugal”.

Esta iniciativa da New Wonders Portugal tem como objectivo eleger as sete maravilhas naturais, pela sua riqueza paisagística, e promover a sua preservação, num ano em que em que a biodiversidade está em destaque em todo o mundo.

A longa lista foi divulgada pela New 7 Wonders Portugal na passada quinta-feira, dia 7, numa sessão, realizada em Lisboa, que serviu também para estabelecer uma parceria institucional com o Ministério do Ambiente, Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB), Liga para a Protecção do Ambiente (LPN), Quercus, GEOTA e National Geographic Portugal.

Após o levantamento exaustivo realizado pela organização foram validadas 323 candidaturas por parte de autarquias de todo o País que tutelam os locais identificados. Nesta primeira fase do projecto a organização contou ainda com o apoio e validação dos parceiros institucionais.

O evento de apresentação da lista de candidatos contou com a presença de Humberto Rosa (secretário de Estado do Ambiente), Tito Rosa (presidente do ICNB), Carlos Teixeira (vice-presidente da LPN), Francisco Ferreira (vice-presidente da Quercus), Nuno Domingues (director executivo do GEOTA), Gonçalo Pereira (director executivo da National Geographic Portugal), António Vitorino (Comissário para as “7 Maravilhas Naturais de Portugal”) e Luís Segadães (presidente da New 7 Wonders Portugal).

Património valioso

“O nosso país tem um património natural muito valioso e variado, que é frequentemente esquecido ou desvalorizado. Pô-lo em evidência através das “7 Maravilhas Naturais de Portugal” é especialmente oportuno, no contexto do Ano Internacional da Biodiversidade em curso”, afirmou Humberto Rosa.

António Vitorino sublinhou que o grande objectivo é “consciencializar os portugueses para a preservação do meio ambiente e do património natural”. “O primeiro passo está dado, e acreditamos que a partir daqui o envolvimento das pessoas será ainda maior. Cuidar das belezas naturais do nosso País vai ser uma prioridade de todos em 2010”, acrescentou o Comissário para as “7 Maravilhas Naturais de Portugal”.

Cada região terá, pelo menos, um finalista

A próxima fase do projecto consiste na criação de um painel de 77 especialistas, representantes das várias áreas científicas e com representatividade geográfica nacional, para chegar a uma ‘short list’ de 77 locais naturais pré-finalistas. Posteriormente, um painel de 21 personalidades notáveis de Portugal irá escolher as 21 Maravilhas finalistas, as quais serão apresentadas para votação pública a 7 de Março de 2010.

Nesta lista de 21 Maravilhas finalistas terá que estar presente, no mínimo, um finalista de cada uma das sete regiões do país: Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo, Algarve, Açores e Madeira. Desta forma, a New 7 Wonders Portugal assegura a representatividade geográfica do País.

A votação, auditada pela PricewaterhouseCoopers, termina a 7 de Setembro deste ano e as “7 Maravilhas Naturais de Portugal” serão conhecidas no mesmo mês, no dia 11, num evento a realizar na lagoa das Sete Cidades, em São Miguel (Açores).

De referir que o concurso integra sete categorias, nomeadamente: Grandes Relevos, Áreas Protegidas, Zonas Marinhas, Grutas e Cavernas, Praias e Falésias, Florestas e Matas e Zonas Aquáticas Não Marinhas.

Município de Seia destaca “características únicas” da Serra da Estrela

O Município de Seia candidatou o Planalto Superior da Serra da Estrela às “7 Maravilhas Naturais de Portugal”, região que se destaca pelas suas “características únicas” no País.

Das sete categorias a concurso, a serra da Estrela concorre na de “Grandes Relevos”, destinada a montanhas, serras, vales, vulcões, formação rochosa, paisagens naturais pré-históricas e paisagens geológicas.

Para além de ser a montanha mais alta de Portugal Continental, a Serra da Estrela é também “a mais extensa área protegida de montanha de Portugal, possuindo um património geológico, biológico e paisagístico rico e diversificado”, destaca o Município. “A singularidade do Planalto Superior, localizado acima dos 1600m, revela-se na multiplicidade de geoformas de origem glaciária, como lagoas, circos, vales e moreias, bem como no mosaico de habitats, alguns deles com reduzida representatividade em Portugal. São exemplo: cervunais, turfeiras, zimbrais rasteiros, cascalheiras, charcas e lagoas de altitude, colonizados por espécies de fauna e flora e comunidades de plantas estritamente endémicas”, adianta.

A Serra da Estrela “destaca-se ainda por ser a região portuguesa onde se registam as precipitações mais elevadas e onde a queda de neve é mais abundante”.

Vale do Côa é “um excepcional Grande Relevo”

A candidatura do Vale do Côa às “Maravilhas Naturais de Portugal”, nas categorias: Grandes Relevos e Zonas Aquáticas não Marinhas, foi apresentada pela AMVC – Associação de Municípios do Vale do Côa (AMVC), em parceria com o Parque Arqueológico do Vale do Côa e a Associação Transumância e Natureza.

O Vale do Côa, localizado na Beira Interior Norte e no Douro, é “um excepcional Grande Relevo, um mosaico de paisagens que revelam uma sucessiva presença humana, desde há mais de trinta mil anos”, salienta a AMVC. “Trata-se de um cenário natural que combina, de forma única, a morfologia do espaço, com o clima e a matriz da vida animal e vegetal, tendo garantido habitat e projectado o Homem em novas formas de adaptação ao meio físico, abrindo-lhe uma inimitável criatividade artística, sobretudo a que ficou visível em milhares de gravuras rupestres, pinturas e artefactos diversos”, reforça.

A candidatura destaca ainda que neste Vale “descobriu-se e conservou-se o mais extenso conjunto do mundo, de sítios de arte rupestre ao ar livre”, classificado pela UNESCO como Património Mundial, desde 1998.


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