Plátano de 1910 classificado de Interesse Público

Rochoso O plátano existente no Largo Dr. Alberto Dinis da Fonseca, na Freguesia do Rochoso, concelho da Guarda, foi classificado de Interesse Público pela Autoridade Florestal Nacional (ANF). Joaquim Vargas, presidente da Junta de Freguesia do Rochoso, disse ao Jornal A Guarda que recebeu a notícia com muita satisfação, dado tratar-se de uma árvore que […]

Rochoso

O plátano existente no Largo Dr. Alberto Dinis da Fonseca, na Freguesia do Rochoso, concelho da Guarda, foi classificado de Interesse Público pela Autoridade Florestal Nacional (ANF).

Joaquim Vargas, presidente da Junta de Freguesia do Rochoso, disse ao Jornal A Guarda que recebeu a notícia com muita satisfação, dado tratar-se de uma árvore que foi plantada no ano de 1910, “que faz parte da paisagem e da memória da população” e onde foi hasteada a bandeira da República.
“É uma árvore fora do vulgar. Temos dados históricos em arquivo que indicam que foi plantada em 1 de Dezembro de 1910 pelo professor Francisco António Sanches na Festa da Árvore, um evento que serviu igualmente para comemorar o novo regime implantado em Portugal, – a República”, contou.

“Entendemos que estes factos justificavam que a árvore fosse preservada e valorizada”, acrescentou Joaquim Vargas, recordando que a Junta de Freguesia pediu a classificação do plátano como Interesse Público em finais de 2009 e que se deslocaram ao local técnicos da Direcção-Geral das Florestas que fizeram uma análise do estado em que o exemplar se encontrava.

Segundo a legislação em vigor, o arranjo, incluindo o corte e a desrama da árvore da espécie Platanus x acerifolia, vulgarmente conhecida por plátano, “fica sujeito a autorização prévia da ANF”.

Por outro lado, no ofício enviado à Junta de Freguesia do Rochoso, aquela entidade sugere que para valorização da árvore seja colocada uma placa identificadora de exemplar classificado de Interesse Público: “Árvore classificada de interesse público, por aviso nº 5 de 23/03/2010, da Autoridade Florestal Nacional”. Na placa também deverá figurar a nomenclatura científica – Platanus x acerifolia (Alton) Willd, a nomenclatura vulgar (plátano) e nomenclatura regional, caso exista. A placa também terá um espaço para observações onde, segundo a ANF, “poderá ser incluído a idade da árvore, exacta ou aproximada e ainda alguns dados históricos ou lendas a ela relacionado”. “Na colocação da placa não deverá lesionar-se a árvore, colocando pregos no tronco ou danificando as raízes. A placa poderá ser pendurada na árvore ou colocada nas proximidades”, informa a mesma entidade.

O presidente da Junta do Rochoso referiu que no seguimento da solicitação da ANF já mandou fazer a placa “que será colocada num curto espaço de tempo”.

Para Joaquim Vargas, com a classificação agora atribuída, o plátano com uma altura total de 21 metros e com uma copa com o diâmetro médio de 20,35 metros”, constituirá “mais um atractivo” para a aldeia. “É nossa intenção valorizar a árvore que já tem muito valor para a população. Está localizada no centro da aldeia, onde os miúdos antigamente jogavam à bola e onde na actualidade os idosos ainda se reúnem”, explicou.
Referiu que com a proposta da sua classificação como árvore de Interesse Público, a Junta pretendeu “preservar a árvore” de grande porte e longevidade.

No processo de classificação, a ANF refere tratar-se de uma árvore “de fuste baixo e grosso, com longas pernadas, formando uma copa larga e frondosa que cobre parcialmente o largo principal da aldeia”. “O plátano é local de encontro e de festas”, aponta.


O plátano é tratado pelos habitantes do Rochoso como “a árvore do largo”.


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