Portugal importa 28,9% das necessidades de madeira de pinho

Economia A falta de madeira de pinho provocou um aumento nas importações dasindústrias nacionais que se cifra actualmente em 28,9 por cento,apesar das grandes áreas “desaproveitadas” que continuam a existir,alertou esta sexta-feira a associação do sector. Segundo dados do Centro PINUS, associação para a valorização dafloresta nacional de pinho, a necessidade de importação da indústriados […]

Economia

A falta de madeira de pinho provocou um aumento nas importações das
indústrias nacionais que se cifra actualmente em 28,9 por cento,
apesar das grandes áreas “desaproveitadas” que continuam a existir,
alertou esta sexta-feira a associação do sector.

Segundo dados do Centro PINUS, associação para a valorização da
floresta nacional de pinho, a necessidade de importação da indústria
dos painéis e papel da fileira do pinho passou de 2,8 para 28,9 por
cento nos últimos cinco anos.

Entre os associados do Centro PINUS encontram-se os maiores
consumidores industriais – que representam 90 por cento do consumo da
fileira tradicional do pinho, além de produtores florestais.

Considerando “urgente” reverter o actual cenário, João Gonçalves,
presidente daquela instituição, defende uma “intervenção imediata” por
parte do Estado “nas áreas de floresta de pinho de regeneração natural
sob sua gestão, aproveitando uma riqueza que a natureza oferece”.

“Há grandes áreas florestais desaproveitadas, que comprometem a
performance da indústria da fileira florestal, uma das que mais
contribui para o Valor Acrescentado Bruto Nacional”, explicou.

A preocupação actual centra-se no “elevado potencial dos recursos
florestais” e nas “consequências do seu desaproveitamento” nestas
áreas.

Uma das características do pinheiro bravo é a sua fácil regeneração,
por semente, após incêndio ou corte final, permitindo “um enorme
potencial produtivo com um investimento muito inferior ao de uma nova
plantação”.

O Centro PINUS garante que Portugal dispõe actualmente de uma área
“considerável de floresta de pinho em regeneração natural, na
sequência de cortes finais ou incêndios, designadamente os grandes
incêndios de 2003 e 2005″.

Além disso, de acordo com os dados do último Inventário Florestal
Nacional, de 2006, a área de regeneração natural poderá ascender a
150.000 hectares.


Conteúdo Recomendado