A OCDE continua a prever que a atividade económica em Portugal venha a recuperar nos próximos meses, mas reviu em baixa as estimativas para a economia grega.
Nos seus indicadores compósitos avançados de novembro (que apontam para a tendência de melhoria ou abrandamento da atividade económica num período futuro entre 6 a 9 meses) hoje divulgados, os dados dão conta de uma subida nas perspetivas de melhoria da atividade económica em Portugal pelo oitavo mês consecutivo. Os indicadores compósitos relativos a Portugal chegaram já aos 99,44 pontos, muito perto da média de longo prazo de 100 pontos. Os números da OCDE tinham vindo a dar conta até outubro de melhorias nas perspetivas relativas à economia da Grécia, que subiam já pelo décimo mês consecutivo até outubro, mas a organização reviu estes dados e aponta agora para uma deterioração nestas perspetivas no mês de agosto e setembro, e um crescimento em novembro. No caso da Irlanda os valores continuam consistentes, dando conta de uma continuação da melhoria nas perspetivas económicas há mais de um ano, continuando a superar o valor base da média de longo prazo, atingindo em novembro os 101,40 pontos. Por sua vez, Alemanha e França que vinham a registar valores negativos nos seus indicadores compósitos voltaram em novembro às subidas, ajudando a que os cálculos para zona euro dessem conta de um aumento pelo segundo mês consecutivo e mais consistente que o verificado em outubro, e que os grupos das quatro maiores economias da zona euro e dos países europeus que fazem parte da OCDE pelo segundo mês consecutivo, após um mês de estabilização. O Brasil também viu melhorar as perspetivas para a sua atividade económica, que vinham a crescer menos de mês para mês até estabilizarem em outubro. As principais baixas registam-se, no entanto, em Itália (-7,6%), Espanha (-7,2%) e Irlanda (-6,6%), enquanto a Lituânia (8,9%), a Estónia (6,5%) e Malta (6,1%) lideram as subidas.