A produção de petróleo nos EUA cresceu mais em 2012 do que em qualquer outro ano desde o arranque desta indústria no país, em 1859.
Em causa estão 6,4 milhões de barris, em média, por dia. Mais 779 mil barris por dia relativamente a 2011, segundo o Instituto Americano do Petróleo. Este reforço é atribuído a uma combinação de tecnologias que permite chegar ao chamado ‘shale oil’ (petróleo de xisto). Estas consistem assim na perfuração horizontal e fracturamento hidráulico das rochas, incluindo o bombeamento de água, químicos e areias a altas pressões para quebrar formações rochosas subterrâneas. Processo idêntico tem sido usado para explorar depósitos de ‘shale gas’ em formações anteriormente consideradas inatingíveis, como é o caso da bacia Permiana do oeste do Texas ou a formação de xisto Bakken, no Estado do Dakota do Norte. Com a aposta no ‘shale oil’ e no ‘shale gas’, os EUA não só aumentaram a sua independência energética, contagiando os preços internacionais desta matéria-prima. As refinarias que, nos últimos dez anos, realizaram pesados investimentos na modernização das suas infraestruturas e ampliação de capacidade, estão agora a tentar redirecionar o excesso de produção de gasolina e gasóleo para fora do país. Os EUA foram, durante vários anos, um dos principais destinos das exportações de produtos refinados da Galp, as quais registaram no último trimestre de 2012 uma queda de 9,2%, de acordo com o último ‘trading update’ da companhia portuguesa. Na sessão de hoje, os preços do petróleo negoceiam em baixa nos mercados internacionais, com o ‘brent’ a ser transacionado nos 111,66 dólares (-0,21%) e o crude a ser negociado nos 95,22 dólares (-0,36%).