Crédito malparado atinge quase 16 mil milhões de euros

O montante de créditos de cobrança duvidosa no balanço dos bancos voltou a atingir máximos históricos em novembro. Os bancos continuam a diminuir a carteira de crédito a famílias e empresas mas não conseguem estancar a subida do malparado nos seus balanços. O crédito de cobrança duvidosa voltou a bater máximos históricos em novembro, segundo […]

O montante de créditos de cobrança duvidosa no balanço dos bancos voltou a atingir máximos históricos em novembro.
Os bancos continuam a diminuir a carteira de crédito a famílias e empresas mas não conseguem estancar a subida do malparado nos seus balanços. O crédito de cobrança duvidosa voltou a bater máximos históricos em novembro, segundo os dados hoje divulgados pelo Banco de Portugal. Atingiu os 15,92 mil milhões de euros, dos quais 10,8 mil milhões pertencem a empresas.
O aumento do incumprimento no crédito tem pressionado os resultados da banca, dada a necessidade de constituição de provisões para absorver as possíveis perdas. Uma pressão que tem reflexos na economia real, com os bancos a limitarem os novos empréstimos dados os riscos que representam para a sua atividade.
Nas famílias o rácio de crédito vencido atingiu em novembro os 4,1%. O crédito à habitação continua a ser aquele onde se regista o menor número de incumprimentos, com o rácio de malparado a situar-se nos 2,3%, enquanto no crédito para consumo e outros fins o incumprimento atinge já 12% do total de crédito concedido.
Mas é no setor das empresas que a situação é mais preocupante, com o rácio de crédito vencido a atingir os 10,8% em novembro. O maior nível de incumprimento está concentrado nas pequenas e médias empresas, com um rácio de 13,2%, enquanto nas grandes empresas o rácio situa-se nos 2,6%. Também as empresas exportadoras têm conhecido maiores dificuldades para honrar os seus compromissos nos últimos meses. O nível de incumprimento atingiu os 4,9%, quando apenas há dois meses se situava nos 3,2%.

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