A zona euro fechou 2012 com um excedente comercial de quase 82 mil milhões, com subida das exportações para os principais mercados.
O superavit da balança comercial da região da moeda única de 81,8 mil milhões de euros no ano passado divulgado esta sexta-feira pelo Eurostat compara com o défice de 15,7 mil milhões registado em 2011, uma evolução que indica que a crise do euro está a ser mitigada pelo motor das exportações. Sinal disso é o aumento das vendas da zona euro ao exterior. Até novembro, os 17 países da moeda única aumentaram as suas exportações para o seu principal parceiro comercial, o Reino Unido (+8% para 211,9 mil milhões), mas também para os EUA (+13% para 207,2 mil milhões), China (+6% para 111,1 mil milhões) e Rússia (+15% para 84 mil milhões). Já as importações tiveram um crescimento mais lento no mesmo período. As compras à China, a maior fonte de importação da zona euro, sofreram um recuo de 2% para 197,1 mil milhões, permitindo à região diminuir o défice comercial com o país em cerca de dez mil milhões. Ao mesmo tempo, as importações provenientes do Reino Unido aumentaram 1% para 154,4 mil milhões, enquanto que as importações dos EUA avançaram 8% para 139,2 mil milhões. No mesmo período, a Alemanha manteve-se como principal exportador da região, aumentando o seu excedente comercial em quase 30 mil milhões. Já Portugal registou o quinto maior crescimento das exportações na Europa a 27 países, com um aumento das vendas ao exterior de 7% até Novembro, reduzindo o seu défice comercial de 15,2 mil milhões em 2011 para 9,7 mil milhões até ao 11º mês de 2012.