O Governo canadiano quer garantir mão-de-obra portuguesa para a construção de condutas petrolíferas numa extensão que ultrapassa os sete mil quilómetros.
A presidente da Câmara da cidade canadiana de Mississauga, Hazer McCallion, que está de visita a Portugal e tem hoje agendada uma reunião com representantes dos ministérios dos Negócios Estrangeiros e da Economia, é acompanhada por um grupo de investidores, entre eles alguns luso-canadianos. «Esta é uma visita exploratória, até porque o ministro da imigração pediu para deixar a mensagem de que o Canadá vai precisar de trabalhadores especializados na área da construção civil», explicou Hazer McCallion, sublinhando o compromisso de que «a burocracia relacionada com os vistos seria tratada da forma mais célere possível». Os projetos petrolíferos em causa estão neste momento em apreciação pelas autoridades canadianas e norteamericanas, prevendo a construção de condutas para os Estados Unidos e também para a zona das refinarias, na zona oeste do Canadá. A comitiva é constituída por oito pessoas e a visita a Portugal «tem um objetivo de cariz económico», adiantou à Lusa o empresário luso-canadiano Wilson Teixeira. «Esta é uma oportunidade para os portugueses emigrarem para o Canadá, para substituir a força trabalhadora na área da construção civil, na qual existe uma grande carência de mão-de-obra, num país que não tem sofrido com a recessão económica mundial», reforçou. O presidente da Luso Canadian Charitable Society e membro da Portuguese Support Services for Quality Living, Jack Prazeres, e o vice-presidente da Able Translations – que já foi ministro do Trabalho e do Turismo do Ontário -, Peter Fonseca, também formam a comitiva que está em Portugal desde sábado e regressa ao Canadá na sexta-feira.