Presidente cipriota escreveu à ‘troika’ a pedir o que a UE considera ser uma “inversão total” do programa de ajustamento.
Nessa carta Nicos Anastasiades alega que a reestruturação dos dois maiores bancos cipriotas foi «implementada de forma descuidada», esvaziando o financiamento às empresas e impondo restrições de circulação de capital que estão a sufocar a economia. No documento, citado na edição do Financial Times, o presidente cipriota refere que «a economia está a caminhar para uma recessão profunda, aumentando ainda mais o desemprego e tornando a consolidação orçamental ainda mais difícil». Por isso Anastasiades apela à ‘troika’ uma «revisão das possibilidades de modo a encontrar um caminho viável para o Chipre e para os seus cidadãos». Citada pelo Financial Times, fonte europeia considerou a carta de Anastasiades um pedido para se proceder a uma «inversão total» do resgate e alegou que o chumbo político inicial do ajustamento prejudicou a sua implementação. O programa de ajustamento cipriota impôs o encerramento do segundo maior banco do país, o Laiki, e ditou perdas nos depósitos acima de 100 mil euros, uma medida que gerou grande controvérsia na Europa.