Moeda única valoriza para máximos de fevereiro deste ano, num dia de forte aversão ao risco da parte dos investidores
Numa sessão em que a aversão ao risco se reflete nas quedas acentuadas nas ações europeias, a aposta em activos relativamente mais seguros impulsiona o euro para máximos de fevereiro face à nota verde, apreciando 0,7% para 1,3429 dólares. A publicação das minutas da Reserva Federal norteamericana já amanhã está a deixar os investidores inquietos na abordagem ao mercado, uma vez que o relatório poderá deixar indicações sobre o futuro do programa de estímulos do Fed. E os últimos comentários de membros do banco central deixam antever que Ben Bernanke deverá dar começar a por cobro às compras de activos no mercado já no próximo mês. A valorização da moeda única europeia também se verifica face a divisas dos mercados emergentes. A rupia indiana caiu hoje para um novo recorde face ao dólar, ao mesmo tempo que a rupia indonésia fixou mínimos de 2009, com a incerteza sobre o fim dos estímulos nos EUA a acelerar o retorno de capitais. «A fraqueza em algumas moedas dos mercados emergentes asiáticos e a valorização modesta do iene é consistente com a aversão ao risco. Em relação ao euro, temos os investidores europeus a retirarem o seu dinheiro da exposição aos mercados emergentes. Aparentemente há muitas movimentações como esta», sintetizou Robert Sinche, estratega da Pierpont Securities, à Bloomberg. No mercado das matérias-primas, o petróleo segue em forte correcção, após as subidas recentes com a escalada da violência no Egipto. O ‘brent’, referência para as importações nacionais, desvalorizava 0,66% para 109,18 dólares por barril, ao mesmo tempo que o preço do crude afundava 1,34% para 105,67 dólares. Nas bolsas, o PSI 20 perdia há pouco 1,63%, em linha com as quedas das praças de Milão e Madrid (-1,59% e 1,93%, respectivamente). A bolsa de Frankfurt deslizava 0,96%.