Dados da inflação e hipótese de o Fed abrandar estímulos já este ano provocam maior queda do euro em sete meses.
O euro depreciava 0,92% para os 1,361 dólares, depois de ter atingido nas últimas sessões o nível mais elevado face à divisa norte-americana desde Novembro de 2011. A moeda única europeia segue mesmo em queda face às 16 principais divisas mundiais, depois de revelado que o desemprego na zona euro manteve-se em máximo recorde nos 12,2% em setembro e que a inflação ter abrandado para o ritmo mais lento em quase quatro anos em outubro, lançando receios de uma situação de deflação na zona de partilha da moeda europeia. Também o facto de a Reserva Federal norte-americana ter deixado ontem o sinal aos investidores de que poderá efetivamente vir a começar a retirar os estímulos monetários ainda este ano, ao contrário das previsões dos investidores, dá força à nota verde contra o euro. “Houve uma grande surpresa nos números da inflação na zona euro. Foi um sinal que abre portas a estímulos da parte do Banco Central Europeu”, referiu Vassili Serebriakov, do BNP Paribas, à Bloomberg. “Os mercados construíram posições longas [expectativa de valorização] de forma demasiado rápida”, acrescentou.