Taxas de juro da dívida portuguesa continuam sob pressão no mercado secundário.
A melhoria das condições económicas e financeiras nas economias desenvolvidas está a levar os investidores a deslocar alguns fundos de ativos de menor risco, como as obrigações soberanas, para destinos mais arriscados, como as ações. Esse movimento, a par de um ajustamento de posições perante a expectativa de redução dos estímulos monetários nos EUA, provocou ontem uma pressão generalizada sobre as ‘yields’ soberanas. No caso português, essa pressão mantêm-se na sessão de hoje, com a taxa a 10 anos, o prazo considerado de referência, a subir até aos 7,025%. À exceção da maturidade a dois anos, as taxas de juro nacionais agravam-se em todas as frentes. Esse agravamento não se regista por enquanto na perceção de risco de outros países europeus, como a Itália, a Espanha e a Irlanda, casos em que as ‘yields’ aliviam esta manhã. A subida das taxas de juro nacionais pode complicar o regresso aos mercados, previsto para o Verão do próximo ano. Nas próximas semanas a troika regressa a Portugal para a oitava e nona avaliações do resgate, sendo que, tal como noticia hoje o Diário Económico, está já em curso a definição de um programa cautelar.