Um novo projeto de música ao vivo e de palavras ditas, interpretado por um ator e poeta e por dois músicos da Guarda, estreia no sábado, no Teatro Municipal da cidade.
“Circo Mediático” é uma proposta «que junta a palavra dita e a música interpretada ao vivo, numa relação que propõe novas formas de diálogo entre ambas as expressões», segundo o Teatro Municipal da Guarda (TMG), dirigido por Américo Rodrigues. Os criadores do espetáculo referem que o mesmo «almeja conjugar a essência da mensagem oral com a música, numa experiência emocional (e sensitiva) que se pretende arrojada e marcante». O espetáculo, que estreia pelas 21h30 de sábado, no pequeno auditório do Teatro da Guarda, é interpretado pelo ator e poeta Américo Rodrigues, atual diretor do TMG, que faz a leitura de textos e poemas, e pelos músicos Victor Afonso e César Prata, autores da música original. Em “Circo Mediático” as palavras «fundem-se com a música e vice-versa, numa viagem caleidoscópica que atravessa convenções de estilo e dinamita regras de bom comportamento», assinala o TMG. A “arena do circo” é abrilhantada por narrativas, contos e poemas lidos por Américo Rodrigues, sendo o espetáculo musical assegurado pelos dois músicos com recurso a teclados eletrónicos, computador, “iPad” e vários instrumentos musicais. Durante a atuação, que dura cerca de 75 minutos, são também utilizados um megafone, um pequeno triturador de papel e um instrumento contrabaixo feito de um grande balde e de uma vassoura, batizado de “contrabalde”, que é executado por Victor Afonso. Américo Rodrigues disse hoje à agência Lusa que “Circo Mediático” tem por objetivo «a divulgação literária e musical», sendo utilizados textos de poesia, histórias tradicionais, contos e crónicas jornalísticas de vários autores. «O desafio para este projeto foi lançado pelo Américo Rodrigues, que também selecionou os textos. Eu e o César Prata trabalhámos a parte musical, tentando dialogar entre o texto que é dito e a música que é tocada ao vivo», declarou Vítor Afonso. O músico referiu tratar-se de «um trabalho completamente de raiz» e o resultado final «poderá agradar a quem goste de poesia e de música». O outro músico envolvido, César Prata, declarou que o convite para integrar o elenco «foi um desafio muito interessante», desde logo «por trabalhar com dois amigos». Disse que está a «gostar muito» do espetáculo que considera «muito interessante, quer do ponto de vista dos textos, quer do musical». «A expectativa é que haja aceitação por parte do público e que haja outros espetáculos depois da estreia», declarou o músico, que, na produção, também recorre ao computador e ao iPad «como fonte e processamento de som».