O abandono escolar é mais significativo em Figueira de Castelo Rodrigo, Penamacor, Pinhel e Sabugal.
O abandono escolar de crianças e jovens entre os 10 e os 15 anos (antes de concluir o 9º ano) diminuiu consideravelmente na região, mas os dados ainda preocupam. Se em 2001 se registou uma redução significativa – mais de 11 por cento –, a verdade é que três concelhos inverteram a tendência e, contra a “corrente”, registaram mais desistências em 2011 do que uma década antes. É o que acontece em Penamacor, Seia e Sabugal. O mesmo poderá ter acontecido no Fundão e em Pinhel, mas isso só será confirmado quando forem divulgados os dados oficiais. O “Atlas da Educação” é um estudo da Associação EPIS (Empresários pela Inclusão Social), que o semanário “Expresso” divulgou e que procura desenhar o mapa nacional do abandono escolar. Até à publicação do estudo, os concelhos podem ser distinguidos por grupo de valores: de 0 a 0,9 por cento, de 0,9 a 1,7 por cento, de 1,7 a 2,6 por cento e de 2,6 a 5 por cento. Se compararmos o estudo da EPIS com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), constatamos que 13 dos 18 concelhos analisados têm resultados melhores do que há 10 anos. O Sabugal é um dos concelhos que contraria esta tendência, já que após registar um abandono escolar de 2,44 por cento no arranque do século, se situava em 2011 entre os 2,6 e os 5 por cento. Porém, ainda não é possível estimar o agravamento. Também Seia se encontra em situação idêntica, com valores entre os 1,7 e os 2,6 por cento, depois dos 1,59 por cento em 2001. O caso mais preocupante é o de Penamacor, que conta com um aumento superior a 1,6 por cento. O concelho é sinalizado como um dos mais alarmantes, entre os 2,6 e os 5 por cento, mas há um década era o único com menos de 1 por cento. No outro extremo, Manteigas e Mêda são os únicos municípios que registam menos de 0,9 por cento. O destaque vai para a Mêda, que ascendeu aos dois primeiros lugares, depois de em 2001 ter sido o quarto concelho com mais abandono escolar. Já na Guarda e Covilhã não se anteveem mudanças assinaláveis, sendo que os dois concelhos voltam a ter valores inferiores à média nacional, o que já tinha acontecido em 1991 e 2001.