GNR suspeito de pedófilia remeteu-se ao silêncio em tribunal

O cabo da GNR José António Tadeia optou por não falar, ontem, no tribunal de Idanha-a-Nova. Aos 45 anos, o militar, casado e pai de dois filhos, é suspeito de abuso sexual de menores, violação e recurso à prostituição infantil num total de 14 crimes. Em contrapartida, Paula Vaz, de 36 anos, empregada de restaurante […]

O cabo da GNR José António Tadeia optou por não falar, ontem, no tribunal de Idanha-a-Nova.
Aos 45 anos, o militar, casado e pai de dois filhos, é suspeito de abuso sexual de menores, violação e recurso à prostituição infantil num total de 14 crimes. Em contrapartida, Paula Vaz, de 36 anos, empregada de restaurante e pretensa amante do graduado da GNR, manteve o que disse no primeiro interrogatório judicial. Durante duas horas, a arguida, que é divorciada e mãe de um menor, confirmou a participação nos abusos e repetiu que era obrigada a ir buscar as pré-adolescentes para sua casa, sob ameaça de ser agredida ou de ficar sem a guarda do seu filho. O arguido terá feito telefonemas da prisão para condicionar depoimentos. A primeira queixa de abuso sexual foi assim feita contra o militar em 2010. Uma menina, de 12 anos, amiga do filho de José António Tadeia, 45 anos, dizia ter sido aliciada pelo militar durante meses. Teria recebido mensagens de cariz sexual que eram sempre assinadas com o nome do GNR. A criança contou que foi atacada pelo militar, durante as festas da Nossa Senhora da Graça, em Idanha-a-Nova. Foi levada à força no carro e violada. A menor contou tudo à mãe. Foi apresentada queixa na Polícia Judiciária de Coimbra, mas a 21 de dezembro de 2010, o Ministério Público arquivou o caso. Não existiam testemunhas da violação e nunca conseguiram relacionar o número de telemóvel de onde foram enviadas as mensagens de cariz sexual ao militar da GNR. José António Tadeia apenas foi apanhado em setembro do ano passado. A amante, Paula Vaz, também arguida no processo, confirmou que durante anos o amante manteve orgias sexuais com menores. Dava entre 5 a 50 euros às crianças. Duas menores foram violadas dos 7 aos 15 anos, ou seja entre 2001 e 2010. As restantes vítimas, hoje com 14 anos, foram abusadas entre 2010 e 2012.

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