Mais de 9,5 milhões de eleitores elegem no domingo os dirigentes de 3.399 autarquias, numas autárquicas marcadas pela redução de freguesias e pela alteração dos rostos dirigentes em centenas de localidades devido à lei da limitação dos mandatos.
Os eleitores portugueses são chamados a votar para a câmara, a assembleia municipal e a assembleia de freguesia, elegendo os presidentes de câmaras e de assembleias municipais de 308 municípios, assim como os presidentes das juntas, que este ano serão reduzidas, devido à reforma administrativa. A reforma administrativa alterou 2.008 freguesias, que diminuíram das atuais 4.259 para 3.091. A agregação de freguesias ocorreu em mais de 200 concelhos e alterou os limites de 50 freguesias de 13 municípios. Estas eleições vão custar 14 milhões de euros, mais três milhões do que custaram as últimas legislativas, o que o Governo justificou com as alterações que decorrem da reforma. Foram apresentadas 12.200 listas candidatas aos três órgãos de poder local em todo o território (incluindo partidos, coligações e listas de independentes). Cerca de metade das câmaras municipais vai ter um novo presidente, em relação às autárquicas de 2009, devido à polémica lei da limitação dos mandatos. De acordo com dados da Direção-Geral da Administração Interna (DGAI), as operações das eleições autárquicas vão movimentar mais de 61 mil pessoas. No total, estarão a trabalhar nas eleições mais de 57.500 membros de mesa, 4.259 presidentes de junta de freguesia, centenas de elementos das câmaras municipais e mais de uma centena de elementos dos Ministérios da Administração Interna e da Justiça. Ainda de acordo com dados da DGAI — Administração Eleitoral, estão a ser impressos 31,5 milhões de boletins de voto. Lisboa (508.717), Sintra (304.082) e Vila Nova de Gaia (261.045) são os concelhos com mais votantes inscritos e Corvo (356), Lajes das Flores (1.302) e Barrancos (1.437) os que têm menos. Com mais eleitores do que a maior parte dos municípios estão a União das freguesias de Cascais e Estoril (56.207), Algueirão-Mem Martins (52.294), em Sintra, e a União das freguesias de Oeiras e São Julião da Barra, Paço de Arcos e Caxias (51.800). Mosteiro (concelho de Lajes das Flores) tem apenas 34 eleitores e é a junta mais pequena do país, enquanto no continente este título vai para São João do Peso (no concelho de Vila de Rei), com 150 recenseados. Nas últimas eleições autárquicas, o PS foi o partido que, sozinho, recolheu o maior número de votos – 2.084.382 -, mas foi o PSD que garantiu o maior número de câmaras municipais, 139 (117 concorrendo sozinho e 22 em coligação). O PS conseguiu garantir a presidência de 132 autarquias, o PCP 28, o CDS-PP uma autarquia, tal como o BE. Sete câmaras municipais foram entregues a candidatos independentes.