O edifício, inaugurado em outubro de 2011, prepara-se para um mês de celebrações com atividades e exposições que convidam o público a entrar no palacete projetado por Raúl Lino.
Situado junto ao jardim público da Covilhã, o museu de Arte Sacra encontra-se num dos mais antigos edifícios da cidade. Planeado em 1921, o espaço já acolheu outros projetos como a biblioteca municipal ou a escola profissional e artística da Beira Interior (EPABI). O museu apresenta o sagrado de várias formas. O simbolismo começa com a presença de uma oliveira plantada à entrada do local e continua com a distribuição do espólio, com mais de 600 peças, por um percurso associado aos sete sacramentos da Igreja Católica (batismo, confirmação, matrimónio, ordem, penitência, eucaristia e unção dos enfermos). As peças expostas fazem parte do património em arquivo de diversas paróquias do concelho e da diocese da Guarda, contando com várias coleções, as obras datam os séculos XII a XX. Neste mês de aniversário, o museu celebra a data com um calendário de atividades constantes variando entre exposições temporárias, recriações e concertos noturnos. Atualmente, a exposição patente é da artesã Lusitânia Fonseca. Carlos Madaleno, coordenador do museu, considera o espaço uma mais-valia para os covilhanenses na criação de memória histórica e orgulho na região. “O objetivo do museu é mostrar como a arte esteve sempre ao serviço da fé”, conclui o coordenador. O grupo musical de Unhais da Serra, To Coda Quinteto, foi um dos convidados das celebrações do terceiro aniversário, oferecendo a toda a comunidade mais uma edição de Noites no Museu. Ana Sofia, integrante do grupo, conta a experiência que tem com a entidade, não só como convidada, mas como visitante: “já conhecia o museu, acho-o bem estruturado e diferente de outros. Tem um ambiente e decoração que se entranha em quem o visita e leva-nos para uma outra realidade”, refere. Com entrada gratuita, o espaço procura alcançar diversos públicos, tendo atingido a passagem de 14 mil visitantes desde a sua abertura, segundo Carlos Madaleno. As visitas ao museu, são por vezes complementadas com passeios pela cidade e algumas igrejas do município.