O candidato autárquico Virgílio Bento considerou que a Guarda “perdeu” com a rejeição, pelo Tribunal Constitucional (TC), da sua candidatura independente à câmara daquele concelho nas eleições do dia 29 de setembro.
“Com esta decisão do TC, temos consciência de que quem perdeu foi a Guarda”, disse Virgílio Bento aos jornalistas, numa conferência de imprensa realizada ontem à noite, na Guarda, antes de um jantar com cerca de 300 apoiantes da sua candidatura, que já estava marcado previamente. O TC rejeitou os recursos das duas candidaturas independentes à Câmara Municipal da Guarda, segundo o acórdão a que a agência Lusa teve acesso. A decisão do TC rejeita todas as listas do movimento “A Guarda Primeiro”, liderado por Virgílio Bento, e inviabiliza as candidaturas à câmara e à assembleia do grupo de cidadãos eleitores “Juntos pela Guarda”, presidido por Baltasar Lopes, devido a irregularidades nos processos de recolha de assinaturas. O TC confirmou as anteriores decisões do tribunal da comarca local, tendo apenas admitido a candidatura à junta urbana da Guarda do movimento independente “Juntos pela Guarda”. “Quem perdeu foram as pessoas do concelho da Guarda, foi a sociedade, porque como sempre dissemos desde o primeiro dia, esta candidatura não surgiu por vontade de nós próprios, mas surgiu fundamentalmente por pressão das pessoas, das juntas de freguesia, das associações, que não se reviam nas propostas que eram apresentadas e queriam alternativas”, justificou Virgílio Bento. O candidato agora afastado da corrida autárquica assumiu que liderava “a melhor solução para a Guarda” e “a melhor solução para quem acredita na Guarda e quem tem um sonho para a Guarda”. Virgílio Bento admitiu que a decisão do TC “não era esperada”, alegando que tinha a consciência de que foram “cumpridos todos os procedimentos legais”. “As assinaturas foram validadas, quem assinou tinha consciência daquilo que estava a assinar, sabia inequivocamente aquilo que estava a assinar”, referiu. Com a exclusão das candidaturas independentes de Virgílio Bento e de Baltasar Lopes ficam apenas cinco candidatos à presidência da autarquia da Guarda: Álvaro Amaro (PSD/CDS-PP), José Martins Igreja (PS), Mário Triunfante Martins (CDU), Marco Loureiro (BE) e Eduardo Espírito Santo (PCTP/MRPP).