O candidato do Bloco de Esquerda (BE) à Câmara da Guarda, Marco Loureiro, criticou esta quinta-feira a demora na reabertura do novo bloco do hospital da Guarda e exigiu explicações do Governo sobre o processo.
“O que está a acontecer ao Hospital Sousa Martins [HSM] é um crime. O BE irá pedir responsabilidades e questionar o Governo na Assembleia da República para que seja exigida uma declaração sobre o que está a passar-se na Guarda”, disse esta quinta-feira Marco Loureiro à agência Lusa. O candidato do BE falava junto do estabelecimento prisional da Guarda, situado nas proximidades do HSM, para onde tinha programado uma visita que não chegou a realizar-se “por ausência do diretor”, segundo Marco Loureiro. O novo pavilhão do hospital, de quatro pisos, vai acolher serviços que atualmente estão dispersos por dois antigos blocos, um centenário e outro construído na década de 1990. O cabeça-de-lista do BE lembrou que o novo edifício do HSM está construído, mas ainda não entrou em funcionamento e que o Governo PSD/CDS-PP suspendeu a segunda fase da obra, relacionada com a recuperação dos antigos pavilhões. “Quando é que abre o novo hospital?”, questionou Marco Loureiro, que defendeu a entrada em funcionamento da unidade de saúde “o mais rapidamente possível”. O impasse no projeto “é um falhanço do PSD e do CDS-PP”, disse, considerando que “alguém do Governo tem que dizer que o hospital vai abrir no dia 25, por exemplo, e se não abrir naquele dia tem que explicar as razões”. Com a atual situação, reconheceu que “as populações é que estão a perder, sobretudo os mais idosos e os mais fracos, porque são aqueles que têm menos dinheiro para terem acesso à saúde”. “Para o BE a saúde tem que estar junto das populações e por todo o território. Só assim é que se combate a desertificação do interior”, concluiu. Além de Mário Triunfante Martins, concorrem à Câmara da Guarda os candidatos José Martins Igreja (PS), Álvaro Amaro (PSD/CDS-PP), Marco Loureiro (BE) e Eduardo Espírito Santo (PCTP/MRPP).