A iniciativa começou ontem e conta com a participação de cerca de 70 responsáveis e professores de escolas do Centro e Norte de Portugal e da região espanhola de Castela e Leão, bem como os respetivos dirigentes regionais da área da Educação.
“O projeto decorreu ao longo do ano passado e este encontro marca o seu encerramento com um programa diversificado em que vamos ter oportunidade de apresentar algumas comunicações e as conclusões desta ação”, disse Armando Neves, diretor do Agrupamento de Escolas de Trancoso à agência Lusa.
O responsável acrescentou que as atividades agendadas até sábado promovem “a aproximação de contextos que, sendo de países diferentes, quer ao nível do território, do ambiente, da sustentabilidade e da educação, têm os mesmos problemas e, por essa razão, devem sentar-se à mesa para discutir e refletir, no sentido de tentar encontrar soluções para esses problemas”.
O ERIS_IE envolveu vários intercâmbios de professores e alunos entre escolas dos dois lados da fronteira.
O programa inclui sessões de trabalho, apresentações de projetos, momentos culturais e o contacto direto com a realidade local. Entre os destaques deste encontro ibérico está a campanha “Trancoso não arde duas vezes”, lançada e dinamizada pelos alunos do Agrupamento de Escolas Gonçalo Anes Bandarra.
Na ocasião será exibido um documentário sobre os incêndios que marcaram a região no último verão e que consumiram mais de 49 mil hectares, de acordo com o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF).
“O problema dos incêndios também persiste na região de Castela e Leão e, com esta temática, queremos fazer uma reflexão sobre como as escolas podem e devem ter uma atitude proativa junto das respetivas comunidades, no sentido de promoverem alterações comportamentais das populações e das instituições”, realçou Armando Neves.
Já a conferência “Empresas que Educam, Escolas que Inovam”, por Nuno Fidalgo, será sobre “a forma como uma empresa que trabalha na área hídrica e tem responsabilidades ao nível do desenvolvimento sustentável tem, e deve, cooperar com as escolas”, adiantou o diretor do Agrupamento Escolas Gonçalo Anes de Bandarra.
Quanto a conclusões do projeto ERIS_IE, o responsável apontou a valorização dos produtos endógenos das regiões das escolas envolvidas, “numa lógica naturalmente inovadora, dando novos mercados, novas abordagens e relacionando-os com as respostas educativas que cada uma das escolas pode trazer ao processo”.
“Isto, numa perspetiva da capacitação e das competências para os alunos que pretendem prosseguir estudos ou para os alunos que queiram enveredar pelo mercado de trabalho”.
Armando Neves referiu que o encerramento do ERIS_IE vai contar com a presença de representantes das escolas de Miranda do Douro, Mirandela, Chaves, Bragança, Vila Real, Castro Daire, Fundão, Pinhel e Viseu, para além de várias escolas de Castela e Leão.





