O Plano de Operações Nacional da Serra da Estrela vai manter o número de operacionais e o comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, André Fernandes, disse hoje que o dispositivo está consolidado e tem feito a diferença.
Na cerimónia de apresentação do Dispositivo Conjunto de Operações de Proteção e Socorro para resposta a situações de emergência no maciço central da montanha, realizadasexta-feira, na Torre, André Fernandes salientou que os meios no local têm sido importantes no socorro e na sensibilização.
“Este dispositivo tem respondido e tem feito a diferença nos últimos anos numa garantia de um socorro mais próximo, mas, acima de tudo, numa visibilidade e na sensibilização dos turistas”, frisou o comandante nacional de Emergência e Proteção Civil.
Segundo André Fernandes, quem visita a serra da Estrela já está mais consciente para as medidas de autoproteção, para os cuidados que tem de ter no maciço central e para adequarem os seus comportamentos.
O responsável destacou a importância de “fazer essa pedagogia”, na perspetiva de olhar para “o cidadão como o principal agente de proteção civil”.
O comandante operacional sub-regional das Beiras e Serra da Estrela, António Fonseca, reforçou a ideia de que “já existe alguma consciencialização por parte das pessoas” e que as situações em que existe um aumento de ocorrências registam-se “sobretudo fora da época de inverno” e que implicam a busca ou resgate.
André Fernandes referiu que o sistema montado tem “dado frutos” e que o número de operacionais vai ser mantido, com 26 elementos durante a semana e 33 aos fins de semana, entre dezembro e o final de abril.
António Fonseca acrescentou que o prazo pode ser estendido, caso neve na altura, e que os meios podem ser reforçados prontamente em caso de necessidade, através dos operacionais nas proximidades.
O universo de recrutamento, com as seis corporações de bombeiros da Covilhã, Seia, Manteigas, Gouveia, Loriga e São Romão, assim como com os dois postos da Força Especial de Proteção Civil, em Unhais da Serra (Covilhã) e Valezim (Seia), mais as unidades de Emergência de Proteção e Socorro (UEP), pode “chegar aos 60, 70 ou mesmo cem operacionais” numa emergência, meios que ainda não foi necessário mobilizar nessa escala, sublinhou o comandante operacional sub-regional das Beiras e Serra da Estrela.
André Fernandes destacou que este “é um dos dispositivos colaborativos com mais anos consecutivos a funcionar em Portugal continental” e está previsto manter “esta aposta de coordenação que tem feito a diferença no socorro no maciço central”.