O presidente da Federação do PS da Guarda pediu esclarecimentos à ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social sobre a criação de um centro para a formação e qualificação dos trabalhadores da área social, quando já existe um similar na Guarda.
“Das duas uma. Ou a senhora ministra anunciou um centro protocolar que já existia, que é o Centro para a Economia e Inovação Social e que está sediado na Guarda, ou então trata-se de um novo centro que vai fazer exatamente aquilo que o CEIS faz e isso é má gestão dos dinheiros públicos”, disse Alexandre Lote à agência Lusa.
O líder distrital do PS da Guarda divulgou uma carta aberta dirigida a Maria do Rosário Ramalho, a quem pede que “clarifique o mais rapidamente possível” esta alegada sobreposição de funções por recear que a continuidade do CEIS possa estar em causa.
“Mal seria se, passado um ano e pouco, tivéssemos um Governo que fechasse um serviço colocado no interior do país, no distrito da Guarda, pelo anterior Governo, e que está a prestar um bom serviço ao país”, considerou o dirigente socialista.
Na missiva, a que a agência Lusa teve acesso, Alexandre Lote promete ser “intransigente na defesa do CEIS, criado e sediado na Guarda, que tem cumprido superiormente a sua missão e dignificado o setor social em todo o país”.
“A nossa expectativa é a de que a senhora ministra clarifique o mais rapidamente possível se se estava a referir ao centro que o PS criou quando estava no Governo ou se é um novo, e aí tem que esclarecer o que vai fazer do CEIS na Guarda”, afirmou Alexandre Lote.
O Centro para a Economia e Inovação Social foi criado pelo anterior Governo e inaugurado em abril de 2023 para formar e capacitar os trabalhadores e dirigentes do setor social.
“O CEIS tem novas instalações. Até setembro, tinha formado mais de 3.000 pessoas e pretende chegar aos 13.000 formandos no final de 2025. Portanto, estamos a falar de um projeto que está no terreno e está a fazer um bom trabalho. Não faz sentido nenhum o Governo colocar em causa esse trabalho, quero acreditar que a senhora ministra não o fará”, disse.