O Comando Territorial da GNR da Guarda confirmou à agência Lusa que estão a ser investigadas algumas ocorrências no sentido de apurar os autores de alguns furtos registados em igrejas em vários pontos do distrito.
O major Tiago Meireles, oficial de comunicação e relações-públicas da GNR da Guarda, salienta a importância da prevenção para evitar as situações, alertando para a necessidade de se passar pelas igrejas com mais frequência e de recolher os valores monetários e outros bens.
“É importante que os cuidadores das igrejas adotem medidas de segurança que mitiguem os resultados dos furtos”, realça o oficial.
A GNR já reuniu com a Diocese da Guarda aconselhando a adoção de medidas de prevenção e assegura que não há registo de furto de obras de arte sacra.
As paróquias têm reportado o furto de algumas quantias monetárias resultantes das esmolas entregues pelas comunidades e vários estragos nos edifícios, como portas e caixas arrombadas. Há relatos de ocorrências nos concelhos de Manteigas, Seia e Gouveia.
O pároco de Pinhanços, no concelho de Seia, Rafael Neves, contou à Lusa que, na manhã desta segunda-feira, a comunidade foi “surpreendida” com o furto de dinheiro e a vandalização da sacristia da Igreja Paroquial da localidade.
Para prevenir futuras situações, o sacerdote sustenta que deverá haver um reforço das portas com a colocação de outro tipo de fechaduras e a possibilidade de se optar por algum sistema de vigilância.
Durante o fim de semana houve registo de outras ocorrências semelhantes em igrejas nos concelhos de Gouveia e de Manteigas.
“Isto obriga-nos a estar especialmente vigilantes e temos a graça que a GNR está connosco na procura de evitar que isto aconteça”, assinalou à agência Lusa o bispo da Guarda, D. Manuel Felício.
O prelado explicou que há uma série de precauções que já estão a ser tomadas, de acordo com as orientações da GNR, acreditando que irão ter efeitos.
“Os procedimentos já foram comunicados aos sacerdotes que certamente estarão atentos, tanto na linha de guardar bens e valores e trancar as portas, mas também de identificar quem prevarica. Há sempre elementos que nos permitem identificar quem prevarica. Isso também é nossa preocupação”, sustenta o bispo.
D. Manuel Felício defende que é fundamental não ter valores disponíveis, ter inventários bem feitos dos valores que existem e também identificar possíveis suspeitos que apareçam e suscitem desconfiança.