Orçamento da Câmara da Guarda para 2024 continua a ser criticado pela oposição

Edificiocamara 2022

O impasse mantém-se em torno do orçamento da Câmara da Guarda para 2024, com a oposição a reiterar as críticas que levaram ao chumbo e o presidente do município a defender que o documento “está muito bem elaborado”.

A proposta de orçamento para 2024 apresentada pelos três eleitos do movimento Pela Guarda foi rejeitada pelos três vereadores do PSD e pela vereadora do PS, na reunião de Câmara da Guarda que antecedeu a de hoje.

O presidente da Câmara, Sérgio Costa, manifestou na altura abertura para que a oposição pudesse apresentar contributos. As reuniões com os vereadores da oposição realizaram-se na quarta-feira, sem que tenha sido alcançado consenso. Hoje de manhã, à margem da reunião quinzenal do executivo municipal, os vereadores do PSD e do PS reiteraram as críticas ao documento e manifestaram-se irredutíveis nas suas posições. “Fomos solicitados a rever a nossa posição relativamente àquilo que tinha sido a nossa votação. A nossa posição mantém-se”, disse aos jornalistas a vereadora do PS, Adelaide Campos. A autarca socialista argumentou que a posição do PS “tem muito a ver com o passado, com a falta de concretização e a falta de cumprimento das promessas”. Adelaide Campos apontou que “todas as propostas que foram feitas pelos partidos na Assembleia Municipal não foram concretizadas e agora o senhor presidente pede que apresentem contributos”.

A vereadora lembrou as propostas apresentadas em Assembleia Municipal sobre a natalidade, a fiscalidade jovem, a reabilitação do centro histórico e a transmissão das reuniões do executivo ‘online”. “Se ao fim de dois anos não está concretizado, qual é a esperança que nós temos de que isto se vá fazer? Isto para nós é uma limitação enorme”. Adelaide Campos realçou que “para todos os efeitos a oposição é a maioria da cidade da Guarda e a oposição pensa de forma contrária àquilo que tem sido colocado em prática pelo presidente”.

O vereador do PSD Carlos Chaves Monteiro considerou “positivo” o facto de o presidente da Câmara ter chamado os vereadores do PSD e do PS para reunir, o que significa que “olha para a oposição de forma diferente”. “Fez aquilo que devia ter feito desde o início do mandato, que era perceber a configuração das forças políticas no executivo onde está em minoria”, argumentou. O autarca social-democrata criticou, no entanto, a postura do presidente da Câmara por não apresentar uma solução e de querer “tentar fazer renascer um orçamento morto”. Carlos Chaves Monteiro considerou que o orçamento que foi apresentado e reprovado pela oposição “morreu”, mas manifestou abertura para discutir outras soluções.

O presidente da Câmara da Guarda disse que “todos os cenários estão em análise”. O autarca considerou que “o orçamento está muito bem elaborado” e que tem “os instrumentos necessários para implementar os investimentos para os próximos anos, com os fundos comunitários”. “Aquilo que nós humildemente pedimos é que se aproximem, para nos articularmos todos na prossecução deste grande objetivo que é a Guarda e o seu desenvolvimento”, disse Sérgio Costa.


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