Câmara da Guarda reclama mais apoio para os transportes escolares

O executivo, liderado pelo Movimento Pela Guarda, aprovou, em reunião do executivo, a aquisição de serviços de transporte escolar e passes escolares à empresa Transdev Interior, num valor de 160 mil euros.

O presidente da Câmara Municipal da Guarda, Sérgio Costa, defende que “o Estado deve apoiar mais os territórios de chamada baixa densidade” nos custos com os transportes escolares.

“Desde Bragança a Beja. Nós não somos tratados da mesma maneira como são tratados os habitantes e estudantes de Lisboa e Porto. Temos custos de contexto”, afirmou o autarca, à margem da sessão da Câmara, que decorreu na sexta-feira.

Sérgio Costa considerou que os apoios que “são dados às grandes áreas metropolitanas não são os mesmos que são dados a estas zonas”. Tudo é feito com régua e esquadro. E estas zonas, com menos população, não devem ser tratadas com régua e esquadro”, criticou.

O executivo, liderado pelo Movimento Pela Guarda, aprovou, em reunião do executivo, a aquisição de serviços de transporte escolar e passes escolares à empresa Transdev Interior, num valor de 160 mil euros.

O presidente da Câmara da Guarda espera que “num futuro próximo de uma forma muito efetiva” o município “possa ser mais apoiado, porque os transportes não podem parar”, acrescentou Sérgio Costa, que falava aos jornalistas no final da reunião.

A vereadora do PS Adelaide Campos disse, por seu lado, igualmente à margem da sessão, ter questionado o executivo sobre a revitalização do centro histórico.

A autarca manifestou uma “profunda preocupação” relativamente à zona histórica da cidade que considera estar “com um aspeto abandonado”. “Ouvir dizer às pessoas que vêm à Guarda que acham que é uma cidade abandonada é como se levasse um murro no estômago”, apontou.

A vereadora considera que a Guarda “precisa de ter um pensamento estratégico. Não precisa de ter festas e festinhas. O que pode trazer gente à Guarda é aquilo que é diferente”.

“A Guarda está cada vez mais fora dos circuitos de visitas”, lamentou Adelaide Campos.

O vereador social-democrata, Carlos Chaves Monteiro, revelou não ter tomado posição sobre o assunto durante a reunião, mas considerou que “é visível a inação deste executivo em várias matérias”.

O autarca reconheceu, aos jornalistas, que “lançar projetos de reabilitação demora tempo”, mas ressalvou que “havia projetos de trás, com uma incidência clara nesta revitalização [do centro histórico]”.

Sobre as observações da oposição, o presidente da Câmara argumentou que “a preocupação de todos” para com o centro histórico tem mais de 20 anos.

Reconheceu que há dezenas de casas devolutas, mas sustentou que o plano de revitalização do centro histórico “é feito a vários níveis”. “A nível da habitação, da reabilitação urbana e ao nível da animação”, explicitou.

O executivo está “a trabalhar” para que o centro histórico seja “uma grande âncora”, assegurou.


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