Centro para a Economia e Inovação Social na Guarda é “mais-valia no contexto da Península Ibérica”

O presidente da Câmara Municipal da Guarda felicitou hoje os governos de Portugal e de Espanha por instalarem naquela cidade um Centro para a Economia e Inovação Social, que é o primeiro da Península Ibérica dedicado ao setor.

“Gostaria de felicitar o Governo de Portugal e de Espanha pela feliz e acertada escolha da cidade da Guarda, para a localização do Centro para a Economia e Inovação Social, reconhecendo a localização estratégica da Guarda, representando uma mais-valia no contexto da Península Ibérica e contribuindo para a valorização do seu ‘hub’ do interior”, afirmou o autarca Sérgio Costa (Movimento Pela Guarda).

Os governos de Portugal e de Espanha realizaram hoje, na Guarda, no auditório dos Serviços Sociais do Instituto Politécnico, a cerimónia de lançamento do Centro para a Economia e Inovação Social (CEIS), que ficará localizado naquela cidade.

Participaram na cerimónia, entre outros membros dos Governos de ambos os países, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, e a homóloga Yolanda Díaz, segunda Vice-Presidente do Governo e ministra do Trabalho e Economia Social de Espanha.

Também estiveram presentes os parceiros portugueses e espanhóis envolvidos no projeto do CEIS, que vai ter a sua sede no edifício da Segurança Social da cidade mais alta do país.

O CEIS será o primeiro centro protocolar de formação profissional para o setor da Economia Social, tendo em vista a capacitação das entidades da Economia Social, ao promover a realização de formação profissional e de reconhecimento, validação e certificação de competências, no sentido de qualificar e requalificar os trabalhadores e respetivos dirigentes e gestores.

Na sessão de abertura, o autarca Sérgio Costa lembrou que a autarquia da Guarda foi a primeira a reconhecer a importância do CEIS para o setor da Economia Social de Portugal e Espanha, “disponibilizando, desde a primeira hora, se assim fosse necessário, as instalações e apoio logístico para a sua sede”.

“A criação do Centro para a Economia e Inovação Social é um marco na história da Economia Social de Portugal e Espanha, que merece reconhecimento por toda a sociedade e todas as forças políticas, assumindo uma importância suprapartidária, colocando-se acima de qualquer ideologia política”, sustentou.

Na ocasião, também discursou o presidente do Instituto Politécnico da Guarda (IPG), Joaquim Brigas, que afirmou que a instalação do CEIS “vem reforçar a vocação desta cidade para a área social, uma vez que o polo da região Centro do Observatório Nacional do Envelhecimento já foi instalado no Politécnico da Guarda”.

“O IPG está, por isso, bem posicionado para apoiar a definição de políticas públicas na área da inovação social, liderando já, neste momento, projetos europeus nesta área”, sublinhou.

O responsável também disse que o Politécnico é o “parceiro certo” para o CEIS da Guarda.

A cerimónia hoje realizada deu sequência ao acordo assinado durante a 34.ª Cimeira Luso-Espanhola, em Lanzarote, no dia 15 de março, para a cooperação bilateral na implementação deste centro protocolar.

O CEIS, que vai ter a sua sede no edifício da Segurança Social, na cidade mais alta do país, resultou de uma parceria entre o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), a Cooperativa António Sérgio para a Economia Social (CASES), a Confederação Portuguesa de Economia Social (CPES), o Centro de Estudos Ibéricos (CEI) e o Instituto da Segurança Social (ISS).

Do lado de Espanha, os parceiros diretos ou indiretos são a Confederação Empresarial Espanhola da Economia Social (CEPES), o Centro Internacional de Investigação e Informação em Economia Pública, Social e Cooperativa (CIRIEC), a Direção-Geral do Trabalho Independente, Economia Social e Responsabilidade Social da Empresa (DGTAESRSE), o Serviço Público de Emprego do Estado (SEPE) e a Fundação Estatal para a Formação no Emprego (FUNDAE).

O projeto do CEIS foi criado por uma portaria publicada no dia 21 de dezembro de 2022, assinada pela ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.


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