De acordo com os dados revelados hoje numa sessão no Infarmed, em Lisboa, os produtos alimentares abrangidos pelo Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável, da Direção-Geral da Saúde (DGS), e pela Estratégia Integrada para a Promoção da Alimentação Saudável – batatas fritas e outros snacks, cereais de pequeno-almoço, pizzas, iogurtes e leites fermentados, leite achocolatado, refrigerantes e néctares – registaram, naqueles três anos, uma redução de 11,5% e 11,1% de teor de sal e açúcar, respetivamente.
Essa redução foi, no total, de menos 25,6 toneladas de sal e menos 6.256,1 toneladas de açúcar, segundo uma nota de imprensa da Direção-Geral da Saúde sobre os resultados.
“O teor médio de sal dos produtos abrangidos passou de 1,14g por 100g em 2018 para 1,01 g por 100g em 2020” e “o teor médio de açúcar passou de 7,46 g por 100g para 6,36g por 100g”, detalha-se na mesma nota.
“Cerca de 50% das categorias de produtos alimentares em análise atingiram ou ultrapassaram” as metas definidas, indica-se.
A DGS destaca que três das categorias – refrigerantes, leite achocolatado e iogurtes – “já atingiram a meta de redução definida para o ano de 2022” no que respeita ao açúcar e que duas das categorias – cereais de pequeno-almoço e pizzas – conseguiram o mesmo para o teor de sal.
O processo de reformulação dos produtos alimentares é um compromisso entre o Estado e as principais associações do setor alimentar, a Federação das Indústrias Portuguesas AgroAlimentares (FIPA), a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) e outras.
Na sessão de apresentação, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, destacou que os “progressos” resultaram de uma “estreita colaboração” das associações representativas da indústria alimentar e de distribuição, às quais agradeceu o “empenho”.
Sublinhando que a melhoria do perfil nutricional dos alimentos “é determinante para melhorar a saúde e a qualidade de vida”, Graça Freitas recordou que “o consumo excessivo de sal é um dos maiores riscos de saúde pública em Portugal”.
A responsável realçou também que atingir as metas definidas é possível “independentemente da condição socioeconómica” dos consumidores, sendo também uma forma de “combater as desigualdades em saúde”.