Câmara da Guarda elabora plano de recuperação para não perder 5ME de fundos europeus

O presidente da Câmara da Guarda, Sérgio Costa, disse esta segunda-feira que a autarquia vai elaborar “rapidamente” um plano de recuperação de atrasos para evitar perder cinco milhões de euros relacionados com obras que têm financiamento comunitário.

O autarca disse aos jornalistas, no final da reunião quinzenal do executivo, que um levantamento técnico das obras financiadas pelo atual quadro comunitário, revela que “se não existir rapidamente um plano de recuperação dos atrasos”, a autarquia “pode perder cinco milhões de euros de financiamento”, devido a demoras na sua execução.

“As obras resvalaram completamente. É essa a informação que nós temos. Estamos a falar em obras no montante de cerca de cinco milhões de euros de fundos comunitários, que corremos o sério risco de os perder, se as obras não forem acabadas rapidamente. Algumas delas ainda nem começaram e corremos o sério risco de perder esse financiamento”, disse.

Como exemplo, o autarca, eleito pelo movimento independente “Pela Guarda”, apontou os projetos da pedovia/ciclovia, de ampliação da Plataforma Logística, da cobertura do polidesportivo das Lameirinhas e da intervenção na Avenida Afonso Costa.

Perante a situação, Sérgio Costa reconhece que a autarquia que lidera vai ter de fazer prorrogações e reprogramações das obras e negociar com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro para não perder “nem um cêntimo” do referido valor.

“Nós vamos ter que caminhar muito para não perdermos cinco milhões de euros de financiamento. Nem no todo, nem na parte. Vamos ter que fazer rapidamente um plano de recuperação de atrasos para estas obras e é nisso que nós já estamos a trabalhar, também”, garantiu.

Na reunião de hoje, o executivo deliberou, por unanimidade, aprovar os novos planos de trabalho e prorrogação do prazo de execução do projeto dos Passadiços do Mondego, que o anterior autarca Carlos Chaves Monteiro (PSD) admitiu inaugurar no Dia da Cidade, a 27 de novembro.

“A verdade é esta. E, a verdade, aqui está, plasmada nesta reunião de câmara. Antes de março do próximo ano não estarão concluídos. É a informação dos técnicos que nós temos”, garantiu Sérgio Costa.

O presidente do município da Guarda referiu que a empreitada “já vai com dois anos de execução” e as empresas adjudicatárias vão ter que arranjar a solução “para que a obra fique concluída rapidamente dentro do prazo que agora está a ser pedido a sua prorrogação”.

Adiantou, ainda, que para os Passadiços do Mondego, neste momento, “não há qualquer garantia de financiamento” europeu.

Na obra já foram investidos 3,6 milhões de euros e ainda será necessário investir cerca de um milhão em infraestruturas como casas de banho, caminhos de acesso, zonas de estar e repouso e áreas de estacionamento, referiu.


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