A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, disse hoje que a taxa de desemprego em setembro “é a mais baixa dos últimos 20 anos”, salientando a resposta “diferente” dada na crise pandémica face às anteriores.
Ana Mendes Godinho comentava assim, em declarações à Lusa, os dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que indicam que a taxa de desemprego em setembro foi de 6,4%, uma redução homóloga de 1,6 pontos percentuais (p.p.) e um aumento de 0,1 p.p. face ao mês anterior.
“Os resultados que hoje o INE divulgou apontam para uma taxa de desemprego em setembro que é a mais baixa dos últimos 20 anos. É claramente um bom sinal do ponto de vista da capacidade da criação de emprego, mas também da manutenção do emprego e que é fruto desta forma como coletivamente encontrámos resposta à pandemia, de uma forma diferente de crises anteriores”, sublinhou.
Para Ana Mendes Godinho, as medidas de apoio ao emprego “mostraram que, de facto, há formas diferentes de responder a uma crise e que dão resultados, nomeadamente uma taxa de desemprego de 6,4% que é uma taxa inferior a setembro de 2019, altura antes da pandemia”.
Os dados indicam que com “as medidas de política ativa pública de apoio ao emprego é possível ultrapassar fases difíceis, não atingindo taxas de desemprego de 18% como na crise anterior”, reforçou a governante.
A ministra destacou ainda que os números do emprego “têm apontado para a estabilização e uma melhoria da taxa de desemprego nos últimos meses, de uma forma consecutiva” e referiu que a taxa de desemprego em Portugal é inferior à da média europeia.
“Estamos no ‘top’ 4 dos países com maior capacidade de recuperar em termos de taxa de desemprego pós pandemia, o que também resulta desta mobilização de recursos sem precedentes que tem sido feita no apoio ao emprego e no apoio à criação de emprego e também do esforço coletivo que todos temos assumido como sociedade, de colocar o emprego como uma prioridade máxima”, afirmou Ana Mendes Godinho.
A governante indicou ainda que está para breve o lançamento do Programa Compromisso Emprego Sustentável, medida no valor de 230 milhões, prevista no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para apoio à criação de emprego jovem permanente e não precário.
A taxa de desemprego subiu, em setembro, para 6,4%, um aumento de 0,1 pontos percentuais (p.p.) face a agosto, mas ainda assim uma redução homóloga de 1,6 p.p., revelou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Em comunicado, a entidade indicou que “a taxa de desemprego situou-se em 6,4%, mais 0,1 p.p. do que no mês precedente, menos 0,4 p.p. do que três meses antes e menos 1,6 p.p. do que um ano antes”.
As estimativas do INE apontam ainda para que a população empregada (4.817,8 mil) tenha diminuído em “0,3% em relação a agosto” e aumentado “0,3% relativamente a junho e 3,7% relativamente a setembro de 2020”.
Por outro lado, “a população desempregada (331,3 mil) aumentou 1,9% em relação ao mês precedente e diminuiu 6,0% relativamente a três meses antes e 18,2% em relação ao mês homólogo”, lê-se na mesma nota.