As primeiras placas toponímicas, instaladas na sequência do concurso de ideias subordinado ao tema “Toponímia da Guarda”, que teve Tiago Isidro como vencedor, foram hoje colocadas em três ruas da cidade com os nomes de Salvador do Nascimento (comandante dos bombeiros locais, 1906-1948), Raul Saraiva (médico, 1938-2012) e Jesué Pinharanda Gomes (historiador e filósofo, 1939 – 2019).
Segundo Helder Sequeira, da Comissão de Toponímia da Guarda, a iniciativa vai permitir uniformizar as placas toponímicas na cidade e nas freguesias do concelho.
A medida acaba com a atual diversidade, com a falta de informação que existe em muitas situações e com casos em que se verificam dificuldades de leitura, apontou.
O responsável explicou que as novas placas possuem o nome da personalidade, o ano de nascimento e de morte e um código ‘QR’ que “permite apontar o telemóvel ou o ‘tablet’ e ter automaticamente a referência a essa personalidade, uma vez que remete para o ‘site’ da Câmara onde está essa informação”.
Referiu que a autarquia vai substituir gradualmente as placas existentes pelas novas, como foi sugerido pela Comissão de Toponímia.
Na sessão de hoje o município entregou as novas placas às freguesias de Arrifana e de João Antão.
O presidente da autarquia, Carlos Chaves Monteiro, referiu que a iniciativa permite criar homogeneidade ao nível das placas toponímicas e qualquer pessoa, apontando o telemóvel para o código ‘QR’ que é disponibilizado, pode “conhecer a história da pessoa [cujo nome consta na placa], do local e da cidade”.
“Nós [município da Guarda], desde a primeira hora, nos preocupamos em dinamizar, em promover, em valorizar a estética, mas também a história e a memória das pessoas e dos locais desta terra”, declarou.
Segundo o autarca, as novas placas toponímicas vão permitir, por exemplo ao nível da Judiaria da cidade, que “cada edifício e todo o local possa contar a sua história” aos turistas.
Na sua opinião, a toponímia ajuda a preservar o passado e a memória, mas também é importante que permita olhar o futuro e constituir “um foco importante” para atrair visitantes.
Para Helder Sequeira, da Comissão de Toponímia da Guarda, esta temática “deve merecer uma atenção constante” das autoridades locais e é “um campo de trabalho onde se podem desenvolver várias pesquisas” que remetam para as pessoas e para a história da cidade e do concelho.
“A Guarda é muito mais que o património edificado, é memória, é somatório de múltiplas referências históricas, afetivas e culturais, que nos transportam para uma identidade própria”, rematou.