Segundo o candidato, o concelho da Guarda enfrenta, à semelhança de outros, os desafios do envelhecimento da população e da baixa taxa de natalidade e, se “não conseguir fixar, também, os filhos da terra, se não conseguir travar os jovens que partem e se não conseguir ser atrativa, será uma cidade condenada ao fracasso e sem futuro”.
Para inverter a situação, o candidato independente que concorre pelo PS anunciou que, a ser eleito presidente da autarquia, criará “um Programa de Apoio ao Emprego Jovem que permita às empresas e às instituições beneficiar de financiamento na contratação de jovens quadros qualificados ou que permita aos jovens a criação do seu próprio emprego”.
O candidato, que é o atual diretor do Estabelecimento Prisional da Guarda, prometeu criar o programa de apoio ao emprego jovem na sessão de apresentação dos candidatos socialistas às 14 câmaras municipais do distrito, no âmbito da iniciativa pública “Democracia e Poder Local”, realizada no Jardim José de Lemos, na cidade mais alta do país, com a participação do secretário-geral do PS, António Costa.
No seu discurso, Luís Couto disse que a sua candidatura defende “uma Guarda onde cada jovem saiba e sinta que tem espaço e oportunidades”.
“Queremos uma cidade dinâmica, ousada, criativa, inclusiva, que se distinga pelo modo de pensar e pela capacidade de fazer”, vincou.
Entre outras propostas, o candidato socialista também disse que, a ser eleito, nos primeiros cem dias como presidente da Câmara irá “redefinir e projetar a localização do ‘Porto Seco’ e todas as infraestruturas rodoferroviárias necessárias”.
“Partindo da atual estação, queremos que se desenvolva para sul, numa zona menos povoada, de modo a instalar-se e a ter áreas de futura expansão junto à nova concordância das duas linhas ferroviárias [Beira Baixa e Beira Alta] e mais próximo, tanto da Plataforma Logística, como do Parque Industrial”, adiantou.
Luís Couto também disse que, “em paralelo” iniciará “uma política de taxas mínimas e eficiência máxima para a atração de investidores e empresas para a Guarda, indo onde for necessário para a criação de emprego e a fixação de pessoas”.
A autarquia da Guarda é presidida pelo PSD desde 2013, quando o partido ganhou as eleições com o candidato Álvaro Amaro, que repetiu a vitória em 2017.
Nas eleições autárquicas de 2017, o PSD obteve 61,20% dos votos e sete mandatos autárquicos e o PS obteve 23,35% e elegeu dois vereadores.
O município é presidido, desde abril de 2019, por Carlos Chaves Monteiro, que substituiu Álvaro Amaro quando este foi para o Parlamento Europeu e que é o candidato do PSD às eleições autárquicas do dia 26 de setembro.
Na Guarda, além de Luís Couto (PS) e de Carlos Chaves Monteiro (PSD) são conhecidas as candidaturas de Sérgio Costa (independente), Francisco Dias (Chega), Honorato Robalo (CDU), Jorge Mendes (BE) e Pedro Narciso (CDS-PP).