Segundo o partido, o deputado João Pinho de Almeida quer saber, “considerando a divergência entre as declarações da ministra com as declarações do presidente da Câmara Municipal da Guarda se, de facto, a Brigada de Intervenção Rápida da Guarda está ou não criada”.
O deputado do CDS-PP também pergunta “se, esta Brigada, a estar criada, está apenas criada formalmente, ou já se encontra a operar no terreno, e se ainda não está a operar, quando é que é previsível que esteja”.
O partido quer ainda saber do Governo “se existem mais distritos com situação similar à descrita no distrito da Guarda, e se sim, quais”.
No início de setembro, à margem da assinatura de um protocolo com a Cruz Vermelha Portuguesa, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, anunciou a criação de brigadas distritais com o objetivo de garantir uma resposta “pronta a intervir” no caso de as instituições ficarem sem pessoal devido a surtos graves de covid-19.
Em meados de setembro, adianta o CDS-PP, a governante disse que estava “previsto um reforço das 18 brigadas de prevenção espalhadas por todos os distritos do país”.
Acrescenta que, no final de setembro, o Instituto de Segurança Social, informou que as brigadas estavam “constituídas em todos os distritos” e que começavam o seu trabalho a 01 de outubro.
No entanto, segundo o CDS-PP, no dia 22 de outubro, a comunicação social denunciou que o distrito da Guarda não tinha as anunciadas brigadas.
“Na audição em fase de discussão na generalidade do Orçamento do Estado, no dia 26 de outubro, o CDS questionou a ministra sobre a veracidade desta denúncia e se existiam mais distritos em situação semelhante”, acrescenta a nota.
Segundo a fonte, Ana Mendes Godinho respondeu: “Quanto à questão concreta em relação à Guarda, a informação que eu tenho, ao dia 22 [de outubro], existia uma brigada de intervenção na Guarda que tinha nove pessoas. Dito isto, quero frisar que há zonas do país onde é, de facto, mais difícil encontrar recursos humanos para ter capacidade de resposta e o que nós estamos aqui a fazer é, permanentemente, monitorizar a situação e procurar reforçar as várias brigadas que existem no país”.
O CDS-PP lembra ainda que, no mesmo dia, o presidente da Câmara Municipal da Guarda, Carlos Chaves Monteiro, considerou que “é urgente que as equipas de intervenção rápida sejam constituídas” para apoiar as instituições com funcionários que testem positivo ou que entrem em isolamento profilático.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,2 milhões de mortos no mundo desde dezembro do ano passado, incluindo 2.590 em Portugal.