“Memóire et création littéraire” é o tema a desenvolver por um dos nomes mais respeitados do panorama literário francês, no próximo dia 25 de setembro, às 18h00, na Biblioteca Municipal da Guarda. Que, segundo o autor, será uma reflexão sobre os dois sentidos da palavra “memória”. «No feminino singular o termo designa a faculdade de se recordar. O seu paradoxo surge à medida em que essa faculdade se torna de tal modo ampla que a vida se alonga, tornando-se assim hesitante e lacunar. No masculino plural (em francês, não em português), o termo “memórias” designa uma forma de narrar a sua própria vida. Parece-me que este género muito antigo já não se pode praticar de forma naïve, e que os escritores não podem, de certo modo, senão escrever “antimemórias”.»
Olivier Rolin nasceu em França (1947) e passou parte da sua infância em África. Sendo atualmente detentor de vários prémios, Rolin começou a ser conhecido a partir de 1986 com a publicação do romance Phénomène futur. Na sua juventude participou ativamente nos movimentos de esquerda que contestaram fortemente o poder em França nos ano 60. Paralelamente à carreira de escritor, prosseguiu a de jornalista, trabalhando como grande repórter do jornal Libération e da revista Nouvel Observateur. Em Portugal estão traduzidos, entre outros, os seus romances O bar da ressaca, A invenção do mundo, Porto-Sudão (Prémio Femina 1994), O cerco de Cartum, Tigre de papel, Um caçador de leões, O meteorologista ou Veracruz. Peregrinação é o livro mais recente (2019), publicado pela Sextante Editora.”
Este Ciclo de Conferências conta com uma parceria do CLEPUL – Universidade de Lisboa, e a coordenação científica de Jorge Maximino.
A conferência será proferida em francês com tradução simultânea para português.
Segundo a organização, a atividade realizada de acordo com as orientações da Direção-Geral da Saúde.