“Nos últimos doze meses visitaram as exposições do Centro de Interpretação mais de 3.500 pessoas, de nacionalidades diferentes, mas muitas mais passaram por este espaço para obter informação ou documentação, nesta que é, também, a décima porta do Geopark Estrela”, segundo Emanuel de Castro, coordenador executivo da Associação Geopark Estrela, que tem sede no Instituto Politécnico da Guarda.
O responsável adiantou hoje à agência Lusa que os números “revelam alguma dinâmica positiva, naquilo que é a procura” do CITEG, que ocupa as instalações do antigo Centro de Interpretação da Torre, na Serra da Estrela, e que está a funcionar desde 31 de agosto de 2018.
“Nós não podemos quantificar o número de pessoas que passaram por lá [pela Torre], porque essas foram muito mais. O que temos quantificado é o número de pessoas que visitaram efetivamente as nossas exposições e usufruíram de visitas interpretadas no âmbito da equipa técnica do Geopark”, disse.
Segundo Emanuel de Castro, do total de visitantes recebidos no CITEG, “mais de 30% são estrangeiros, com destaque para os meses de verão, onde essa tendência se verifica com maior frequência”, sendo que “os principais mercados internacionais são a França, o Brasil e a Espanha, representando mais de 60% do total de estrangeiros”.
Em relação aos portugueses, destacam-se residentes nos distritos de Lisboa, Porto e Castelo Branco, “representando quase 50% das visitas nacionais”.
O responsável referiu ainda que, pelos dados apurados, verifica-se que “já existem dois grandes momentos de procura no Centro, que é o inverno, obviamente por causa da neve, mas também o verão tem uma procura bastante significativa, especialmente por mercados internacionais”.
Na sua opinião, o aumento da procura turística na Serra da Estrela e a diminuição da sazonalidade “é já um reflexo, um efeito, uma consequência direta do trabalho do Geopark” Estrela, vaticinando que com a chancela UNESCO “essa capacidade de divulgação, essa capacidade de promoção e esse efeito de atração vai ser muito maior e vai capacitar o território de maior procura turística”.
O CITEG funciona de quinta-feira a domingo e tem duas modalidades de visita: livre e guiada.
O espaço dedicado à interpretação do património geológico, assim como da biodiversidade e ocupação humana do Geopark Estrela – aprovado em setembro pelo Conselho de Geoparks Mundiais da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) -, é considerado “relevante para a estratégia do próprio Geopark, enquanto território de ciência, educação e cultura”.
O espaço interpretativo, apoiado através do programa de Valorização Turística do Interior e do Turismo de Portugal, “tem vindo a sofrer melhorias que culminarão com a atualização de todos os conteúdos interpretativos, transformando-o num centro de conhecimento, não só dedicado ao Estrela Geopark, mas também à Rede Global de Geoparques da UNESCO”, segundo Emanuel de Castro.