O antigo consultor da Rede de Judiarias de Portugal, Marco Baptista, foi hoje condenado por um coletivo de juízes do Tribunal de Castelo Branco a quatro anos e meio de prisão, com pena suspensa por igual período.
A pena resulta do cúmulo jurídico: três anos e meio para o crime de burla qualificada e um ano para os crimes de falsificação de documentos.
Recorde-se que o antigo candidato às autárquicas na Covilhã (pelo PSD) foi acusado do crime de burla qualificada e de três crimes de falsificação de documentos, praticados entre final de outubro e início de novembro de 2017, ao serviço da Rede de Judiarias, onde se apropriou indevidamente de 115.640 euros.
O coletivo de juízes teve em conta a confissão integral dos factos pelos arguido, logo na primeira sessão de julgamento, bem como o quadro depressivo em que se encontrava na altura dos factos e que se mantém.
Fica ainda obrigado a pagar a quantia retirada à Rede de Judiarias (115.640 euros), acrescida de juros.
A presidente do coletivo de juízes acabou a leitura do acórdão com uma mensagem direta a Marco Baptista: “Espero que a sua vida lhe corra bem. Espero que este tenha sido um episódio ocasional. Vai continuar a ser acompanhado pela psiquiatra e pelos serviços prisionais. Uma suspensão de pena não é uma absolvição.”